O eurodeputado do Partido Social Democrata dos Açores (PSD/Açores), Paulo do Nascimento Cabral foi co-anfitrião do evento Ocean Lab (Laboratório dos Oceanos), uma iniciativa que considerou ser “muito importante, especialmente numa altura em que presidente da Comissão Europeia anunciou um Pacto para os Oceanos e a inclusão da temática dos Oceanos no portfólio de um Comissário, o que será determinante na promoção da economia azul”.
O evento que decorreu no Parlamento Europeu foi organizado por uma coligação de Organizações Não Governamentais (ONG) Azuis, nomeadamente a Birdlife Europa e Ásia Central, a ClientEarth, a Oceana, a Seas at Risk, a Surfrider, e a WWF, avança uma nota de imprensa do gabinete do eurodeputado.
Para Paulo do Nascimento Cabral, o convite foi “uma enorme honra e o reconhecimento do trabalho que tenho desenvolvido no sector das pescas e da sustentabilidade, bem do papel de liderança dos Açores e do seu Governo na protecção do nosso mar, em que 30% são áreas marinhas protegidas, isto sem deixar de criar condições para compensar os pescadores por eventuais impactos desta decisão e promover a reestruturação do sector, aumentando a dignidade, o rendimento, a segurança e salubridade”.
O Ocean Lab é uma plataforma exclusiva de intercâmbio com os principais cientistas e especialistas da academia, autoridades nacionais e ONG’s sobre os desafios críticos dos nossos oceanos e mares, bem como para debater potenciais soluções. O debate centrou-se em cinco tópicos principais: Transição Energética, Pesca e Alimentação, Poluição e Saúde, Biodiversidade e Alterações Climáticas, Economia Azul Sustentável, e Transição Justa, e contou com a presença de especialistas de renome de toda a Europa, incluindo oceanógrafos, ecologistas, engenheiros, biólogos e membros de ONG’s que trabalham nos Estados-Membros da UE e junto das Instituições Europeias.
Segundo o eurodeputado, “tive a oportunidade de defender os três pilares da sustentabilidade (ambiental, económica e social) na tomada de decisão pelas Instituições Europeias, bem como numa cada vez maior aproximação dos cientistas às comunidades piscatórias e decisores políticos. Só com o envolvimento de toda a comunidade, com maior informação, é que conseguimos conhecer, e todos sabemos que só protegemos o que conhecemos. E temos de agir já na protecção dos nossos oceanos, e manter ao mesmo tempo as comunidades piscatórias e costeiras vibrantes e com rendimentos e níveis de desenvolvimento adequados”.
Paulo do Nascimento Cabral reforçou que “a União Europeia deve também desenvolver uma estratégia para o Atlântico no âmbito do Pacto dos Oceanos, à semelhança da que criou para o Mediterrâneo, reassumindo o seu papel de liderança. O Oceano Atlântico é um aliado indispensável para a União Europeia reforçar a sua competitividade, segurança e inovação. Não só nos une, como é um pilar vital da defesa, soberania, segurança alimentar, independência energética e sustentabilidade ambiental”, concluindo a sua intervenção com o desafio de “se instalar nos Açores o Observatório Europeu do Mar Profundo”.
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