Eurodeputado do PSD/Açores: “a agricultura é também segurança e defesa”

O eurodeputado do Partido Social Democrata dos Açores (PSD/Açores),Paulo do Nascimento Cabral, levantou, durante a troca de pontos de vista com o Comissário europeu para a Agricultura e Alimentação, Christophe Hansen, sobre o futuro da agricultura, diversas questões fundamentais, entre as quais “a necessidade de regressarmos à essência da Política Agrícola Comum” (PAC).

Quanto ao financiamento da futura PAC, o eurodeputado do PSD destacou “também aqui a necessidade de termos o reforço da dotação financeira, e aí Senhor Comissário digo-lhe que nós podemos ir buscar fundos complementares, desde logo no financiamento das práticas ambientais, dos serviços ambientais que os agricultores prestam ao ambiente, que devem ser remunerados fora da PAC, além de que a agricultura é também segurança, e é também defesa. Portanto, os fundos que forem para a segurança e defesa também devem servir para a PAC. Não podemos ter exércitos e depois não conseguir alimentá-los”.

A necessidade de desburocratização e simplificação dos processos administrativos foi igualmente um ponto de relevo na intervenção do eurodeputado Açoriano, que enfatizou os desafios que os Estados-membros enfrentam devido a exigências excessivas, avança uma nota de imprensa do gabinete de Paulo do Nascimento Cabral.

“Disse e bem, que muitas vezes são os Estados-membros que criam mais problemas, mas estes porque, em princípio, por desconfiança no Estado-Membro. E os Estados-Membros pedem papéis e mais papéis para garantir que esta sua actividade não é depois fiscalizada pela Comissão, com graves taxas em cima”, salientou.

Paulo do Nascimento Cabral realçou igualmente a importância da renovação geracional e da atractividade das áreas rurais, além da actualização do envelope financeiro do POSEI, esclarecendo que “já sabemos que do seu lado temos o apoio ao POSEI, mas precisamos de fazer a actualização dos 2%, pelo menos, anuais.”

Por fim, o parlamentar europeu lamentou que as Regiões Ultraperiféricas, assim como as organizações representativas da saúde animal não tenham sido seleccionadas, “uma vez que a saúde ambiental e humana estão representadas” para o Conselho Europeu para a Agricultura e Alimentação, um fórum de discussão criado pela Comissão Europeia para debater o futuro do sector.

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