O Eucalipto de Contige recebeu o galardão Árvore Nacional do Ano 2023 e está agora na corrida para o troféu europeu Tree of the Year 2023. A majestosa e secular árvore é o orgulho da freguesia de Contige, concelho de Satão, que ontem, 14 de Fevereiro, saiu à rua, em ambiente de festa, para celebrar a distinção, recentemente, conquistada.
António José Carvalho, presidente da Junta de Freguesia de Sátão — promotor da candidatura a Árvore Nacional do Ano – sobe agora a fasquia e quer ir o mais longe possível no concurso internacional Tree of the Year 2023: “é um concurso europeu que envolve 16 árvores oriundas de 16 países diferentes da Europa, e esta é a árvore representativa de Portugal, pelo que apelamos ao voto para esta árvore, que é um ex-libris da nossa freguesia, fique bem cotada, porque é bom para nós e também para o País”.
Plantado há 145 anos, o Eucalipto de Contige, é considerado pela Universidade de Aveiro a maior árvore classificada de Portugal e está classificado como de interesse público desde agosto de 1964, refere uma nota de imprensa da UNAC – União da Floresta Mediterrânica, a promotora desta iniciativa em Portugal.
Já o presidente da Câmara Municipal de Satão, Alexandre Vaz, considera que há motivos de sobra para que todos os portugueses se juntem nesta causa: “vale a pena todas as pessoas votarem nesta árvore, levarem o nome de Satão e de Portugal mais longe – para a Europa. Portanto o apelo que eu faço aqui é que todos votem nesta árvore.”
Por sua vez, Conceição Santos Silva, secretária-geral da UNAC, foi quem entregou o troféu Árvore do Ano, sublinhando a importância da ligação daquele eucalipto com a comunidade local. “O concurso pretende celebrar árvores notáveis, mas não de uma forma isolada. É a sua ligação a uma comunidade, toda a história que trazem agarradas a si. E é isso que é o objecto do concurso “Árvore do Ano”, que, tenho a certeza, o Eucalipto de Contige aqui representa”.
“Preconceito, infundado” contra o eucalipto
Defensor do seu eucalipto, o presidente da Junta de Freguesia de Sátão gostaria de ver ultrapassado o preconceito, infundado, que reconhece ainda existir sobre a espécie. “Penso que terá começado nos anos 80 este racismo verde (…) há uma grande envolvência quer a nível económico, quer a nível social, quer a nível mesmo da biodiversidade no que diz respeito ao eucalipto – que é uma árvore com grande implantação em Portugal, já com várias décadas, e que tem ajudado bastante os proprietários quer a nível privado quer a nível estatal”.
As votações para o Concurso Europeu Tree of the year 2023 decorrem até 28 de Fevereiro, online, aqui.
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