Um novo projecto, em que participam o Instituto Valenciano de Investigações Agrárias (IVIA), a Universidade Politécnica de Valência (UPV), a Fertusa Marenostrum e a Associação Valenciana de Agricultores (AVA-ASAJA), pretende desenvolver práticas de gestão integrada de fertilização do abacate que permita favorecer o desenvolvimento de um cultivo mais eco-eficiente, tanto do ponto de vista ambiental como económico.
Co-financiado pela União Europeia e a Generalitat Valenciana, através da Agência Valenciana da Inovação, o projecto Agufert já arrancou este ano, com a realização das primeiras videoconferências para coordenar o calendário de numerosas linhas de actuação, e prolongar-se-á até Setembro de 2024.
Após a selecção do órgão vegetal objecto de análise para o diagnóstico nutricional do abacate, estabelecem-se directrizes de fertilização e analisar-se-á o efeito que tem o uso de novos agronutrientes, bioestimulantes ou cobertas vegetais, explica a AVA-ASAJA em comunicado.
Além disso, prevê-se o emprego de ferramentas digitais e de teledetecção, tais como o desenho de sensores de imagem que se poderão incorporar em veículos terrestres e aéreos (drones) e a criação de modelos estatísticos preditivos baseados em técnicas de quimiometría e inteligência artificial.
As recomendações finais de fertilização serão feitas não apenas sob critérios técnicos, mas também parâmetros de eco-eficiência da cultura, que serão incorporados ao programa, que tentará aumentar o benefício económico ao mesmo tempo em que reduz o seu impacto ambiental, este último medido a partir da pegada de carbono e hídrica.
Aplicação móvel
Por outro lado, prevê-se também o lançamento de uma aplicação móvel e/ou web de fácil utilização que permita aos utilizadores aceder à informação obtida pelo sistema com precisão, a qualquer hora e em qualquer lugar. Os usuários poderão, com base nos diagnósticos realizados, fazer correcções nas suas recomendações de fertilizantes (dosagem e épocas de aplicação). A empresa responsável pela implementação desta aplicação será a Locatec — Aplicaciones Informáticas.
Os testes realizados em 9 parcelas de referência e o monitoramento nutricional no solo e material vegetal de mais de 50 explorações piloto em Valência, Castellón e Alicante procurarão verificar o correcto funcionamento das tecnologias e modelos criados. Para disseminar os resultados ao sector, o programa incluirá demonstrações de campo.
No âmbito das estratégias ‘Do Prado ao Prato’ e ‘Biodiversidade 2030’ que preconizam o cuidado do solo, a redução da utilização de fertilizantes minerais, bem como o aumento da eficiência na utilização de inputs, este projecto ambiciona “dar mais um passo para a sustentabilidade do abacate, uma das principais alternativas de cultivo da agricultura valenciana”, diz o mesmo comunicado.
Agricultura e Mar