As Nações Unidas estimam que cerca de 180 milhões de pessoas em 41 países podem sofrer com a crise alimentar agravada pela guerra na Ucrânia. Por isso, o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez defende a urgência na saída das culturas de cereais ucranianas, bloqueadas pela Rússia, estimadas em mais de 20 milhões de toneladas.
Para o efeito, Sánchez anunciou que Espanha está a liderar um projecto público-privado que permitirá retirar da Ucrânia cerca de 8.000 toneladas de cereais nos próximos três meses, que serão armazenados em vários silos nos portos mediterrânicos espanhóis.
Segundo o anúncio feito em Bruxelas, depois de ter participado no Conselho Europeu, que se realizou nos dias 23 e 24 de Junho, Pedro Sánchez explicou que o projecto, que terá início em meados de Julho na fase piloto, conta com a colaboração da Polónia, Luxemburgo e França.
Durante seu discurso, Sánchez referiu-se à “campanha de desinformação promovida pela Rússia” e lembrou que “as sanções europeias não afectam de forma alguma as exportações de alimentos ucranianos ou russos”.
Da mesma forma, os 27 Estados-membros, abordaram no Conselho Europeu o ‘Wider Europe’, um projecto que visa traçar como podem ser as relações entre os países europeus: membros da UE, candidatos a membros e não membros, mas, como destacou o presidente do governo espanhol, “sem ser uma alternativa à adesão”.
Os líderes europeus discutiram também os resultados da ‘Conferência sobre o Futuro da Europa’, um processo no qual os cidadãos europeus colaboraram para apresentar propostas para o futuro.
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