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Epitrix da batateira chega a Vimieiro e Casa Branca. DGAV actualiza zona demarcada

A DGAV — Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária actualização as zonas demarcadas para Epitrix (ver aqui). “Atendendo aos resultados do corrente ano já disponíveis, verificou-se a presença da espécie Epitrix papa e E. cucumeris na freguesia de Vimieiro e de E. cucumeris na freguesia de Casa Branca na região do Alentejo”, refere aquela Direcção no seu Ofício Circular n.º 29/2019, de 29 de Outubro.

Esta actualização tem implicações imediatas nos movimentos de batata para fora das novas zonas demarcadas com destino a zonas isentas do insecto, aplicando-se as medidas de emergência fitossanitárias da legislação em vigor.

Mais informa a DGAV que o mapa agora divulgado poderá sofrer posteriores actualizações, em consonância com os resultados que se venham a apurar no decurso da prospecção oficial deste organismo.

Em consequência desta nova demarcação obrigatória, chama-se a atenção para os requisitos que se colocam a partir de agora à circulação de batata aí produzida com destino a áreas isentas, em Portugal ou em outros Estados-membros da União Europeia.

Medidas de protecção fitossanitária

Assim, é obrigatória a aplicação das medidas de protecção fitossanitária preconizadas na Decisão de Execução da Comissão 2012/270/EU e alterações, nomeadamente:

  • Limpeza dos tubérculos (por lavagem ou escovagem) de forma a garantir uma percentagem de terra aderente inferior a 0,1%, oficialmente constatada, nas expedições para zonas isentas;
  • Atestar o cumprimento destas exigências fazendo acompanhar as remessas de um Passaporte Fitossanitário.

Para efeitos de supervisão oficial e garantia do cumprimento dos requisitos mencionados, as entidades responsáveis pela expedição de batata devem junto da DRAP respectiva:

  • Solicitar, caso não o possuam já, o respectivo registo de operador económico (através da plataforma online CERTIGES acessível aqui;
  • Registar os campos de batata destinados à expedição para fora da Zona demarcada;
  • Submeter, para aprovação, o modelo de passaporte fitossanitário.

Transporte dos tubérculos de batata

Mais uma vez, a DGAV chama atenção que qualquer veículo utilizado para o transporte dos tubérculos de batata de uma zona demarcada tem de ser descontaminado e limpo de modo adequado antes de sair da zona demarcada.

Também as máquinas utilizadas no manuseamento dos tubérculos de batata, limpeza e acondicionamento, devem ser descontaminados e limpos de maneira adequada após cada utilização.

Nos campos de produção de batata na zona demarcada devem ser:

  • Aplicados produtos fitofarmacêuticos homologados, aos primeiros sinais da praga,
  • Destruídos os restos de cultura com eliminação das zorras e infestantes (potenciais abrigos de hibernação);
  • Eliminadas as infestantes hospedeiras na vizinhança da cultura, após tratamento;
  • Feita rotação com culturas não solanáceas.

Para obter mais informações sobre Epitrix da batateira, clique aqui.

Adulto de E. similaris e detalhe da pontuação e pubescência elitral

A praga

O Epitrix similaris é um pequeno coleóptero crisomelídeo pertencente à família das álticas ou “pulguinhas”, cujas larvas causam estragos nos tubérculos contribuindo para a desvalorização comercial da batata.

É uma espécie exótica de origem norte americana tendo sido identificada pela primeira vez em Portugal em 2008. Outra espécie também identificada foi Epitrix cucumeris a qual apresenta uma morfologia e biologia muito semelhante à espécie anteriormente referida, mas cujos estragos nos tubérculos não são conhecidos.

Na sequência da detecção de Epitrix similaris e Epitrix cucumeris na cultura da batateira em Portugal e com vista a impedir a sua dispersão a zonas da comunidade europeia livres deste organismo através do comércio de batata (consumo ou semente), foi aprovada a Decisão da Comissão 2012/270/UE de 16 de maio sobre medidas de emergência para controlo de Epitrix sp.

Ciclo de vida de E. similaris em batateira

Disseminada essencialmente através de terra

Esta praga, dado o seu ciclo biológico, pode ser disseminada essencialmente através de terra aderente aos tubérculos, pelo que as medidas estabelecidas na decisão para expedição para fora de zonas demarcadas, isto é, para zonas livres do insecto, incidem particularmente na exigência de lavagem, escovagem ou método equivalente que conduza à remoção de terra, cuja tolerância é de 0,1%.

Por forma a controlar a praga no território nacional torna-se ainda necessário aplicar medidas de contenção e/ou erradicação, as quais incluem prospecção e tratamento com produtos fitofarmacêuticos autorizados.

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