O navio Greta K partiu hoje, a reboque, rumo ao estaleiro, em Génova, depois do incidente que ocorreu no dia 23 de Março ao largo do Porto de Leixões, informa a infra-estrutura portuária.
Recorde-se que o Greta K, carregado com 5.000 tons de JET A1 (gasolina para avião) e 13.500 tons de Gas Oil, preparava a entrada no Porto de Leixões, quando declarou incêndio a bordo, na casa da máquina, cerca das 15h20 do dia 23 Março, cinco minutos após a entrada do Piloto da APDL – Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, que manteve a sua presença a bordo, conduzindo a manobra de afastamento do navio, já sem máquina, assistido pelos rebocadores da APDL que, em simultâneo, combatiam o incêndio e arrefeciam os tanques de carga.
O Piloto veio a desembarcar cerca das 18h00h, já com o navio ao largo, às 8 milhas, (cerca de 15 km), refere o Porto de Leixões em nota de imprensa.
E acrescenta que o Porto de Leixões activou de imediato o Plano de Emergência, reunindo o Centro de Coordenação de Operações da APDL (CCO). Foi a partir do CCO que foram coordenadas todas as acções no mar e em terra, operacionalizadas com o elevado empenhamento e disponibilidade dos serviços marítimos e pilotagem da APDL, empenhando todos os seus meios para a prevenção e combate a derrames.
Os cinco rebocadores portuários e suas tripulações “mantiveram, em permanência, desde o primeiro momento, o navio em segurança nas 12 milhas e no combate ao incêndio. As lanchas de Pilotos asseguraram toda a logística de transfere de tripulações, transporte de equipamentos e bens essenciais, nomeadamente refeições, ao bem-estar das tripulações envolvidas. As tripulações, quer das lanchas quer dos rebocadores, permaneceram a bordo dia e noite, até à entrega do navio ao rebocador externo, o que veio a ocorrer na tarde de 26 de Março”.
Releva ainda a mesma nota “a cooperação e articulação promovida pelo Centro de Coordenação da APDL, com as partes interessadas do navio, nomeadamente Agentes de Navegação, Carga e respectivos P&Is, representantes do armador, empresa de Salvage, Autoridades Portuárias, em particular a Autoridade Marítima, na pessoa do Sr. Capitão do Porto, Humberto Rocha, e o Port State Control. Esta articulação tornou possível criar as condições para a descarga do navio no Porto de Leixões e concluir os preparativos para a viagem a reboque, com destino a Génova”.
A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo “congratula-se com o êxito desta operação, realçando o contributo determinante e incondicional das suas equipas operacionais, o investimento nos meios que pôs ao seu dispor, a cultura de cooperação e articulação entre as suas equipas e as entidades externas que partilham responsabilidades na segurança do Porto de Leixões, endossando a todos um agradecimento pelo empenhamento e abnegação na prestação de um serviço público de qualidade, que resultou na segurança do porto e do meio ambiente”.
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