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EDIA: tem de se alterar legislação de autorização de novas unidades de processamento de bagaço de azeitona

A EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva prevê que nos próximos anos o problema da falta de capacidade de escoamento de bagaço de azeitona “se venha a agravar, sendo necessário estudar uma forma de aumentar a capacidade de armazenamento e processamento destes subprodutos dos lagares, e a própria organização, e forma como devem ser autorizadas e construídas novas unidades indústrias“.

Explica o Anuário Agrícola de Alqueva de 2022, da EDIA, que “a crescente capacidade instalada de laboração de azeitona, veio criar um problema junto das indústrias de bagaço de azeitona, uma vez que estas, não conseguiram acompanhar este crescimento com o aumento da sua capacidade de processamento de bagaço”.

E refere mesmo que a secretária-geral da Federação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Olivicultores (Fenazeites), Patrícia Falcão Duarte, lembra que as unidades extractoras sedeadas na região alentejana “têm uma capacidade de laboração anual de 600 mil toneladas”. No ano em que se espera um recorde de produção de azeitona, “é expectável que existam 900 mil toneladas de bagaço”, o que leva à existência de “300 mil toneladas” que não vão poder ser entregues nas unidades extractoras”.

Relembre-se que em Dezembro de 2021 registou-se uma produção de azeite na ordem das 180.000 toneladas, a maior campanha desde que há registos. Mas, devido ao boom verificado na produção desse ano, as três grandes unidades de recepção de bagaço de azeitona, proveniente dos lagares, cooperativos e não cooperativos, que processam toda a azeitona produzida no Alentejo, ficaram com a sua capacidade de armazenamento esgotada ou praticamente esgotada e não aceitaram mais matéria-prima. O lagar de azeite da Carmim chegou a ficar parado, assim como o da Cooperativa Agrícola de Portel.

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