AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
A DGAV — Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária acaba de actualizar o Plano de Contingência referente à praga prioritária caracol do género Pomacea Perry.
As principais plantas hospedeiras desta praga são a Oryza sativa L. (arroz) e o Colocasia esculenta (L.) Schott (inhame). Para além destes hospedeiros, quaisquer vegetais que possam ser cultivados em água doce ou em solo permanentemente saturado com água doce podem ser susceptíveis ao ataque por estes caracóis, incluindo espécies de plantas espontâneas ou infestantes.
Os caracóis-maçã podem também alimentar-se de detritos e outros tipos de alimentos para além das plantas, e em determinadas condições podem sobreviver longos períodos sem se alimentarem. Em Portugal, o arroz será o hospedeiro mais importante desta praga.
No caso do arroz, o principal hospedeiro com importância económica desta praga, os caracóis atacam plântulas, principalmente quando a cultura é realizada por sementeira, provocando a morte das plantas.
A primeira detecção de espécies do género Pomacea no território da União Europeia e o impacto dos estragos associados às mesmas, desencadeou a implementação de medidas destinadas a evitar a introdução e a propagação desta praga na UE. No entanto, a experiência adquirida revelou a necessidade de actualizar essas medidas, a fim de se dispor de regras pormenorizadas para a realização de prospecções e de se especificar mais detalhadamente as medidas de erradicação da praga, realça a DGAV.
Neste contexto, surge o presente Plano de Contingência, que actualiza o plano originalmente publicado em Março de 2016, com vista a estabelecer medidas de protecção a aplicar contra a introdução, o estabelecimento e a propagação de caracóis do género Pomacea (Perry) em Portugal, garantindo uma rápida e eficaz resposta em caso de confirmação oficial ou suspeita da presença destas pragas no nosso território.
Os caracóis do género Pomacea constam como pragas de quarentena. Assim, está proibida a sua introdução e propagação no território da UE, sendo necessário controlar a importação e a circulação de plantas aquáticas hospedeiras desta praga, através de controlos fitossanitários nas fronteiras e nos locais de origem onde a praga se encontra presente.
Consulte o Plano de Contingência Caracol do Género Pomacea Perry aqui.
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