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Cotação do arroz carolino aumenta 92% face a 2021 para 650 €/tonelada

A campanha de comercialização do arroz 2022/23 arrancou com um acréscimo significativo das cotações, face à campanha anterior. A cotação do arroz longo A – Japonica (Carolino) está nos 650 euros por tonelada, um aumento de 92% relativamente à semana 52 de 2021. E o arroz longo B – Índico (Agulha) está cotado a 480 €/ tonelada. Tudo indica que o preço do arroz no consumidor final vai aumentar significativamente, aproximando-se os valores mais baixos dos 2 euros por quilo.

Semana 52 – 26-12-2022 a 01-01-2023

A campanha de comercialização do arroz 2022/23 arrancou na semana 50 de 2022 (12 a 18 de Dezembro) na área de Vale do Sado e Mira. Segundo os analistas do SIMA – Sistema de Informação de Mercados Agrícolas, “o produto classifica-se como bom em relação à qualidade”.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) prevê quebras de produção na ordem dos 15% em comparação com a campanha anterior, estimando-se que 87% do arroz semeado em Portugal em 2022 foi do tipo Longo A/subespécie Japónica e 11% do tipo Longo B/subespécie Índica.

Já na semana 52, de 26 de Dezembro de 2022 a 1 de Janeiro de 2023, iniciou-se a campanha de comercialização do arroz 2022/23 na área de mercado Vale do Mondego onde o SIMA prevê uma “produção superior à campanha anterior e com bom rendimento industrial” e prosseguiu na área de comercialização Vale do Sado e Mira. “Em relação à qualidade, o grão classifica-se como bom em ambas as áreas de mercado”.

Relembre-se que segundo o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Novembro de 2022, do INE, as perspectivas são de uma redução global na produção de arroz na ordem dos 15%. No entanto, regionalmente, a campanha decorreu de forma distinta.

No Ribatejo e Alentejo, a colheita prosseguiu com relativa normalidade ao longo de todo o mês de Outubro, embora com quebras de produção acentuadas, face à campanha anterior. Na região do litoral Centro, em particular no Baixo Mondego, a produção foi ligeiramente superior ao ano passado e com bom rendimento industrial.

“As searas de arroz colhidas mais cedo, apresentavam pouca humidade devido ao tempo seco que se registou nos meses de Verão, o que reduziu os custos de secagem do arroz. Nas colheitas mais tardias, com a precipitação que ocorreu, o arroz ficou com alguma humidade nas panículas, o que promoveu a presença de periculária no final do ciclo vegetativo. Em todo o caso, a qualidade do arroz é globalmente boa”, acrescentam os técnicos do INE.

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