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Conferência “ReImaginar a Agricultura”. Reveja aqui

A conferência “ReImaginar a Agricultura”, organizada pelo Alumni Club do The Lisbon MBA Católica-Nova, em parceria com a Consulai, no dia ia 11 de Dezembro, deu destaque ao tema da resiliência, e contou com a participação da ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, e de um conjunto de decisores da área agroalimentar.

Participaram nesta conferência, em formato online, Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal, Pedro Santos, director-geral da Consulai, António Corrêa Nunes, CEO da Treemond, João Gomes da Silva, administrador da Sogrape, Nuno Pereira, managing director da The Summer Berry Company Portugal, e Maria José Amich, directora-executiva do The Lisbon MBA. O painel foi moderado por Ricardo Gonçalves, alumni do The Lisbon MBA.

Maria do Céu Antunes, ministra da Agricultura, destacou a resiliência do sector e assinala o crescimento das exportações do agroalimentar num ano de pandemia, apresentando ainda a sua visão estratégica e actualizada para a evolução agrícola nacional.

Agenda da Inovação para a Agricultura

A governante elogiou a resiliência e a capacidade de trabalho dos agricultores, a excelência dos produtos nacionais, o reconhecimento nos mercados terceiros e o apoio dos consumidores portugueses ao sector produtivo agroalimentar nacional. Maria do Céu Antunes refere como uma das prioridades, entregar a agricultura às novas gerações, e destaca a importância do plano estratégico para a Agricultura – Agenda da Inovação para a Agricultura — 2030 – com o propósito de “fazer crescer o sector, inovando-o e entregando-o à próxima geração, sem deixar ninguém para trás. Esta agenda procura tornar o cidadão mais consciente do impacto da sua alimentação, da urgência da protecção do planeta e da conservação dos recursos naturais”.

A aposta no talento e nas novas gerações, é também reforçada pelo presidente da CAP, que destaca a ligação de proximidade do sector agrícola com o mundo das escolas e das universidades. Referindo-se à resiliência e capacidade do sector ultrapassar grandes crises, Eduardo Oliveira e Silva refere que apesar do impacto que a pandemia teve no canal horeca, também surgiram oportunidades de novos negócios em Portugal, nomeadamente de sistemas de entrega e comercialização online muito intensas e exploração de novos mercados internacionais, que colocam o País a caminho de uma “agricultura hipermoderna”.

Recrutamento e retenção do talento

O recrutamento e a retenção do talento para a evolução do sector agrícola nacional, é também reforçada por Nuno Pereira. O managing director da The Summer Berry Company Portugal destacou que o contexto de pandemia trouxe uma absorção de mão-de-obra de outros sectores para o agroalimentar, defendendo a qualificação e formação académica associadas ao recrutamento e retenção do talento jovem como uma questão central para colocar o País de forma competitiva perante qualquer outra geografia.

Por outro lado, os novos mecanismos de ligação com o consumidor e a aceleração tecnológica (direct-to-consumer) são realçados por João Gomes da Silva, administrador da Sogrape que destaca a capacidade de inovação, a agilidade e adaptação do sector do vinho para ultrapassar as crises da hotelaria e restauração, assim como do consumo nacional associado ao declínio do turismo.

Para além destas questões, estiveram ainda em destaque os constrangimentos do sector agrícola decorrentes dos recursos naturais (clima, solos, regadio) e as áreas de investimento dos fundos comunitários, que foram expostos pelo director-geral da Consulai. Pedro Santos defende que é necessário “definir uma estratégia para Portugal” e ter como exemplo, outros países de sucesso como a Holanda. Reimaginar a agricultura passa, segundo Pedro Santos, pela “inteligência, maior capacitação para o sector, capacidade para criar valor acrescentado e interligação das estruturas interprofissionais”.

Dando um exemplo de resiliência, António Corrêa Nunes, explicou como a Treemond foi lançada em plena pandemia e os pilares que tornam a empresa competitiva. O CEO da Treemond destacou a necessidade de organização em alguns sectores agroalimentares ainda subdesenvolvidos e reforçou que “o País tem conhecimento científico, universitário, bom domínio do inglês, posição estratégica em termos geográficos, capacidade de adaptação, estabilidade e segurança, aspectos muito atractivos para os investidores”, concluindo que é necessária uma estratégia de auto-aprovisionamento para superar eventuais crises que possam surgir no futuro.

O encerramento da conferência esteve a cargo de Maria José Amich, directora-executiva do The Lisbon MBA, que destacou a importância do talento como acelerador da competitividade: “a agricultura é um importante pilar na nossa economia, e o The Lisbon MBA tem a visão de formar gestores e investir no talento para que o sector da agricultura se torne mais produtivo e sustentável para todos”.

ReImaginar a Agricultura

ReImaginar a Agricultura é o primeiro evento sectorial no âmbito da iniciativa ReImaginar Portugal promovida pelo Alumni Club do The Lisbon MBA, a comunidade de antigos alunos do The Lisbon MBA e dos programas de MBA anteriores da Católica-Lisbon SBE (School of Business & Economics) e da Nova SBE (School of Business & Economics), lançada publicamente este ano.

A conferência pode ser visualizada aqui.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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