A CNA – Confederação Nacional da Agricultura reclamou ao Governo que tome medidas semelhantes às que foram aprovadas na semana passada em Espanha, tais como a proibição de venda com prejuízo em todos os elos da cadeia, incluindo a produção, considerando-a como uma prática desleal e a obrigatoriedade de os contratos agro-alimentares deverem cobrir pelo menos os custos efectivos de produção.
Estes foram alguns dos pedidos que a Confederação Nacional da Agricultura fez ao Governo, no âmbito da reunião do passado dia 7 de Dezembro, do Grupo de Acompanhamento e Avaliação Agroalimentar e Retalho, e “face às dificuldades reconhecidas, por quase todos os agentes da cadeia agro-alimentar, de fazer reflectir o enorme aumento dos custos de produção nos preços pagos aos produtores”.
Portugal tem actualmente “dos mais elevados custos de produção, em grande parte por responsabilidade dos preços da energia e combustíveis, e dos mais baixos preços praticados à produção, o que coloca os agricultores numa completa asfixia financeira”
A CNA reclamou ainda uma definição de custos de produção que integre, para além dos factores de produção e mão-de-obra assalariada, a mão de obra familiar e o agravamento das sanções por práticas desleais e a permissão para que elas se tornem públicas”.
“Estas são algumas medidas que o Congresso dos Deputados espanhol aprovou na semana passada com vista à melhoria do funcionamento da cadeia agro-alimentar e que devem ser seguidas pelo Governo português, no sentido de uma distribuição justa do valor produzido pela cadeia”, diz a direcção da Confederação Nacional da Agricultura em comunicado.
E acrescenta que Portugal tem actualmente “dos mais elevados custos de produção, em grande parte por responsabilidade dos preços da energia e combustíveis, e dos mais baixos preços praticados à produção, o que coloca os agricultores numa completa asfixia financeira”.
Agricultura e Mar Actual