A Confagri — Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas reúne na próxima segunda-feira, dia 14 de Março, com a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, estando agendados dois temas principais: situação da seca em Portugal e o ponto de situação na Ucrânia.
Uma reunião para a qual a Confagri parte a alertar que o futuro Ministério da Agricultura deve vir a tutelar também as políticas públicas referentes à alimentação, além de considerar que o Plano Estratégico para a Agricultura a aplicar entre 2023 e 2027 “deve ser ajustado valorizando a produção nacional” e que as medidas de cariz ambiental “devem ser suspensas ou minoradas”.
A reunião realiza-se num “período de grande complexidade económica e social com imprevisíveis consequências para a agricultura, para a produção nacional e para a economia das famílias portuguesas”, realça uma nota de imprensa da Confederação.
E acrescenta que “vivemos numa conjuntura condicionada por uma guerra em que os preços das matérias-primas, as cadeias de abastecimento, os combustíveis e os preços ao consumidor passam por um período inflacionado de controle indefinido”.
Para a Confagri, “esta é a oportunidade para se repensar algumas políticas públicas e as estratégias que vêm sendo seguidas, nomeadamente as referentes à desvalorização da produção nacional, à fobia agro-ambientalista, à distribuição das mais-valias ao longo da cadeia agroalimentar, à origem das matérias-primas e da energia importadas”.
É nesse sentido que o presidente da Confagri, Comendador Manuel dos Santos Gomes defende que “o Pacto Ecológico e a Estratégia do Prado ao Prato devem ser repensados, o Plano Estratégico para a Agricultura a aplicar entre 2023 e 2027 deve ser ajustado valorizando a produção nacional, que as medidas de cariz ambiental devem ser suspensas ou minoradas e que a PARCA – Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeias Agroalimentar deve ser repensada e reequilibrada a distribuição das mais valias, com mecanismos que protejam a produção nacional e o rendimento dos produtores. Estas são razões mais que suficientes para que o futuro Ministério da Agricultura venha a tutelar também as políticas públicas referentes à alimentação”.
Para a Confederação, a actual crise “veio pôr a nu muitos dos estrangulamentos, equívocos e a necessidade de ajustamento e adequação de políticas públicas aplicáveis à agricultura europeia e nacional”.
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