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Condições meteorológicas favoráveis contribuem para aumento de 20% do rendimento unitário no pêssego

As condições meteorológicas favoráveis contribuíram para o aumento do rendimento unitário no pêssego, dizem os técnicos do Instituto Nacional de Estatística (INE), nas suas previsões a 31 de Julho. 

“Em relação ao pêssego, as condições meteorológicas foram favoráveis durante todo o período de desenvolvimento vegetativo, tendo contribuído para uma produtividade que deverá rondar as 11 toneladas por hectare, 20% acima da alcançada na campanha anterior”, diz o documento do INE.

E acrescenta que a colheita tem decorrido sem incidentes, com a procura a valorizar dentro das expectativas a produção para comercialização em fresco. No entanto, e tal como sucedeu na campanha anterior, a produção de pêssego de polpa amarela e de pavias colhida até ao final da primeira semana de Julho, e que não reunia condições para ser comercializada em fresco, foi praticamente toda destruída, uma vez que a indústria só a começou a receber a partir dessa data.

Com a nectarina, a situação de destruição dos frutos não aptos para comercialização em fresco mantém-se, dado que não existe procura desta variedade por parte da indústria.

Produtividade das pomóideas com aumentos generalizados

Já na maçã, diz o INE que o ciclo vegetativo decorreu com normalidade nas principais regiões produtoras. Em Trás-os-Montes, a floração e vingamento dos frutos foi abundante, tendo havido a necessidade de, após a monda química e a normal queda fisiológica de frutos de Junho, realizar em alguns pomares uma monda manual selectiva, com o objectivo de reduzir a carga e aumentar o calibre dos frutos.

Nesta região, a produtividade deverá ser cerca de 25% superior à da campanha anterior. No Oeste mantém-se o adiantamento fenológico relativamente a um ano normal de cerca de cinco dias (nos grupos Fuji e Granny) e dez dias (nos grupos Gala, Golden e Reinetas), com rendimentos unitários próximos dos alcançados em 2020. Em termos globais estima-se um aumento de 15% na produtividade, que deverá ultrapassar as 23 toneladas por hectare. De referir que, atendendo às temperaturas amenas (ambas as regiões) e à baixa radiação (no Oeste) que se têm verificado, os frutos estão a apresentar um grau Brix inferior ao normal, com impacto na qualidade alcançada.

Quanto à pêra, mantém-se o adiantamento de seis a dez dias no desenvolvimento vegetativo da variedade Rocha, em relação ao ano passado. A colheita, com início a 5 de Agosto, entrou em plena actividade a partir de 9 de Agosto. Os pomares apresentam um bom estado geral e uma boa mostra de frutos, perspectivando-se uma produtividade muito superior à alcançada na campanha anterior (+40%). Tal como na maçã, e pelas mesmas razões, o grau Brix das pêras é inferior ao normal, comprometendo os parâmetros organoléticos da produção.

De referir que as modernizações estruturais (sistemas de rega, maiores densidades e conduções mais eficientes) e práticas (aconselhamento técnico, adubações e tratamentos adequados e generalização da utilização de bioativadores e estimuladores da floração/vingamento dos frutos) dos pomares de pomóideas contribuíram para um aumento da produtividade média, que em três décadas mais que duplicou.

No entanto, não conseguiram eliminar o fenómeno de safra/contrassafra (alternância anual de produtividades), mais evidente na pêra, em parte devido à grande concentração de pomares numa única região (84% instalados no Ribatejo e Oeste).

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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