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Como prevenir a mosca da maçã? Saiba tudo no Plano de Contingência da DGAV

A Rhagoletis pomonella, em Portugal vulgarmente designado por mosca da maçã, é uma “importante praga da maçã causando a sua presença elevados prejuízos directos, exigindo a adopção de várias e dispendiosas medidas de controlo para o seu combate, e podendo ainda inviabilizar a exportação de frutos para mercados em destinos indemnes”.

Até à data, a praga encontra-se ausente na União Europeia, mas a DGAV — Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária, como medida de prevenção, acaba de divulgar o Plano de Contingência da praga de quarentena prioritária Rhagoletis pomonella (Walsh).

Este Plano visa definir as acções para prevenir a introdução desta praga no território nacional, e estabelece as medidas fitossanitárias necessárias para a sua erradicação, no caso de ser detectado um surto, impedindo-se a sua disseminação. E também garantir uma “rápida e eficaz resposta, dando cumprimento à legislação em vigor na União Europeia e no País, tendo em especial atenção a categorização deste insecto como praga prioritária”.

A praga

Segundo o Plano de Contingência, o insecto adulto tem o corpo geralmente de cor negra, enquanto a cabeça e as patas são castanhas-amareladas. Os olhos são esverdeados. O escutelo, no último segmento do tórax, é branco, em contraste com a mosca da cereja europeia, R. cerasi.

As asas possuem quatro faixas pretas irregulares ou em ziguezague, e as três faixas distais formam um F. Os machos e as fêmeas têm três e quatro faixas brancas no abdómen, respectivamente.

As moscas adultas têm cerca de 2 a 4 mm de tamanho e as fêmeas são maiores que os machos. Através da morfologia apenas, não é possível distinguir R. pomonella de outras espécies de Rhagoletis estreitamente relacionadas, uma vez que são todas muito semelhantes.

Hospedeiros

Adianta o mesmo Plano que a principal planta hospedeira de R. pomonella é a Malus domestica (macieira) na qual completa o seu ciclo de vida e causa graves danos.

Plantas do género Crataegus (arbustos como o espinheiro) devem também ser alvo de vigilância, dada a existência de espécies nativas (C. laevigata, C. monogyna e C. orientalis) e de outras introduzidas (por exemplo C. crusgalli, C. pedicellata e C. persimilis) que são hospedeiras. As espécies deste género devem ser incluídas para vigilância quando se pretende delimitar zonas infestadas ou demarcadas.

As espécies dos géneros Amelanchier (Amelanqueiro), Aronia, Cotoneaster, Prunus, Pyracantha, Pyrus, Rosa e Sorbus também podem ser infestadas, mas são consideradas de baixa importância, enquanto Pyrus pyrifolia (pêra asiática) é considerada de média importância.

Danos

Realça a DGAV que quando as moscas fêmeas põem ovos, deixam uma marca de perfuração (i.e. picada, de oviposição) na epiderme da maçã. O fruto pode adquirir uma aparência irregular devido a essas zonas deprimidas ou em consequência da alimentação das larvas.

As larvas podem ser detectadas ao abrir o fruto, uma vez que deixam um rasto castanho enquanto se movem através da polpa do fruto durante a alimentação. A abcisão prematura do fruto pode ser um sinal claro da presença de R. pomonella, fazendo com que apodreça no solo.

Pode ler o Plano de Contingência da praga de quarentena prioritária Rhagoletis pomonella (Walsh) completo aqui.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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