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Colheita da batata em curso. Proibida a aplicação de anti-abrolhantes químicos para retardar processo fisiológico do abrolhamento

A operação de colheita da batata da campanha de 2021 está em curso. Por isso, Jorge Caldeira, da Direcção de Serviços de Mercados e Logística da Direcção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural da Madeira, considera “oportuno informar os produtores deste tubérculo que, desde 2020, já não é permitido por Lei a aplicação de antia-brolhantes químicos, utilizados para retardar o processo fisiológico do abrolhamento”.

Direcção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural da Madeira tem em curso um ensaio para tentar encontrar um anti-abrolhante natural para a batata

“Apesar dos vários artigos já publicados na DICAs [Informações da Agricultura e do Desenvolvimento Rural] sobre a conservação da batata (Solanum tuberosum), há, no entanto, um dado novo que merece ser abordado: a retirada dos produtos químicos de síntese para retardar o abrolhamento, os chamados anti-abrolhantes”, refere Jorge Caldeira.

Sendo a capacidade de conservação diferente consoante a variedade de batata, há, contudo, diversos aspectos importantes a considerar e que são determinantes para um maior período de conservação e, por consequência, para a redução das perdas ao mínimo possível, acrescenta aquele técnico da Direcção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural da Madeira.

Desde logo, “os cuidados começam no campo. Com efeito, a colheita só deve ser realizada quando o tubérculo atingir a completa maturação, de modo a que esteja bem encascado e que o teor de açúcares seja estável. Deve igualmente estar sã, livre de pragas e doenças, sem danos físicos (golpes ou feridas) ou fisiológicos”.

“Não deve ser arrancada batata com a terra”

Jorge Caldeira diz ainda que, #ainda no terreno, deve ser realizada a selecção, para que se obtenham lotes homogéneos e sejam eliminados os tubérculos doentes ou feridos. Também não deve ser arrancada batata com a terra”.

Até à última campanha, os agricultores que beneficiam dos serviços de conservação no frio da Rede CA – Rede de Centros de Abastecimento – podiam prolongar até seis a sete meses o período de armazenamento da batata, regulando assim os preços de mercado, com benefício para os mesmos.

“Perante esta nova realidade, estima-se que o período de conservação da batata em bom estado seja reduzido para quatro meses. Aliás, informa-se os produtores que, no momento da entrega da batata para conservação nas câmaras de frio da Rede CA, ser-lhes-á facultado o aviso agrícola n.º 2 /DRA/DSML/2021 sobre este tema, bem como informados sobre o teor do termo de responsabilidade, caso pretendam conservar a batata por um período superior a quatro meses”, frisa Jorge Caldeira.

Assim, e uma vez que não é possível garantir a conservação por períodos superiores, Jorge Caldeira recomenda a todos os produtores de batata que “diligenciem junto dos seus habituais clientes para garantir o escoamento da batata conservada nas câmaras de frio da Rede CA, enquanto esta está em boas condições de consumo”.

De salientar que a Direcção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural da Madeira tem em curso um ensaio para tentar encontrar um anti-abrolhante natural para a batata.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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