A CNA — Confederação Nacional da Agricultura, face à demissão da secretária de Estado da Agricultura, um dia depois da tomada de posse em substituição do anterior titular, considera que “é de lamentar que o Governo e o Ministério da Agricultura percam tempo com “trapalhadas”, numa altura em que é por demais urgente resolver os problemas do sector”.
A direcção da CNA, em comunicado, reafirma que, “para lá dos titulares dos cargos, o que verdadeiramente é preciso mudar são as políticas para o sector agro-florestal e para o Mundo Rural, de forma a dar resposta aos desafios que os agricultores estão a enfrentar”.
Carla Alves Pereira que tomou posse ontem, 4 de Dezembro, apresentou na tarde, 5 de Dezembro, a sua demissão por “entender não dispor de condições políticas e pessoais para iniciar funções no cargo”, depois da polémica sobre as diversas contas arrestadas, na sequência de uma investigação que visa o marido Américo Pereira, ex-presidente da Câmara de Vinhais.
“Acresce que a degradação dos rendimentos dos agricultores (quebra de 12% em 2022, segundo o INE), os elevados custos de produção e as novas regras introduzidas pelo Plano Estratégico Nacional da Política Agrícola Comum exigem um Ministério da Agricultura forte e operativo, incluindo as áreas das florestas e do desenvolvimento rural, e capaz de dar as respostas necessárias aos agricultores, sem mais perda de tempo”, acrescenta o mesmo comunicado.
A CNA reclama, por isso, que, “sem mais demoras e com seriedade, o Ministério da Agricultura e o Governo aproveitem a oportunidade de mudanças nos titulares da pasta para assumir outras políticas capazes de promover o desenvolvimento da produção nacional e do Mundo Rural, com a justa remuneração do trabalho dos agricultores e para dinamizar o Estatuto da Agricultura Familiar”.
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