O Grupo Parlamentar do Chega (CH) recomenda ao Governo que “adopte uma posição favorável à energia nuclear e apoie novos projectos nesta área”. E pede que o Executivo “proceda à realização de um estudo técnico-económico para a implementação de uma solução de energia nuclear”. “acompanhe o grupo de 11 países liderados por França na persecução de uma aliança em torno da energia nuclear de forma a apoiar novos projectos nesta área” e que “assuma a posição de apoio para a promoção do hidrogénio de baixo carbono”.
Explicam aqueles deputados que “a energia nuclear é uma alternativa de baixas emissões de carbono quando comparada com os combustíveis fósseis e constitui uma componente essencial do cabaz energético de 13 dos 27 Estados-membros [da União Europeia], representando quase 26% da energia eléctrica produzida na UE”.
Diz o Grupo Parlamentar do Chega, no Projecto de Resolução n.º 560/XV/1ª entregue na Assembleia da República, que “embora sejam os Estados-membros que optem por incluir ou não a energia nuclear no seu cabaz energético, a legislação da UE tem por objectivo melhorar as normas de segurança das centrais nucleares, assegurando que os resíduos nucleares são manipulados e eliminados de forma segura”.
E realça que, segundo Eduardo Alves, investigador do Campus Tecnológico e Nuclear: “o medo que as pessoas têm da energia nuclear deve-se ao desconhecimento. O grande mal é que desde o início da produção de energia eléctrica em reactores nucleares não houve preocupação de informar as pessoas. Era mais simples e barato queimar petróleo e carvão e agora sofremos as grandes consequências disso. Criámos toda a economia mundial à volta de combustíveis fósseis”.
“Esta solução energética é aquela que tem menor impacto em termos de exploração de recursos naturais, consubstanciando uma mais-valia para os objectivos de descarbonização, nomeadamente, aquando da sua produção, não promove emissões de dióxido de carbono, poeiras ou outros resíduos para a atmosfera”, dizem os deputados do Chega.
Contudo, acrescentam, “a grande aposta realizada nas renováveis, leva a que vários especialistas destaquem o seu desempenho energético negativo – pela sua intermitência e fraca densidade energética”.
Desta forma, “revela-se cada vez mais fundamental que se considere uma nova política, onde a energia nuclear tenha lugar num “mix” renováveis/nuclear. Em termos nacionais, deveria ser este o foco da política energética portuguesa, inspirada nos exemplos da Suécia, Finlândia e França, países que têm sido eficazes na diminuição de emissões, garantindo também preços de electricidade mais competitivos”, pode ler-se no Projecto de Resolução n.º 560/XV/1ª.
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