A cerveja Sagres passou a integrar o nome do Campo Pequeno, uma das maiores salas de espectáculos do País. O anúncio foi feito no passado dia 24 de Janeiro, dia em que arrancou a programação do espaço para 2023. A Praça de Toiros do Campo Pequeno deu assim lugar à Sagres Campo Pequeno. O resultado de uma parceria “longo prazo” entre a marca cervejeira e Álvaro Covões, gestor do Campo Pequeno e director-geral da promotora Everything Is New.
A mudança de nome não agrada aos deputados do Chega, cujo Grupo Parlamentar entregou na Assembleia da República uma série de perguntas dirigidas ao ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva. Querem saber se o ministro tem conhecimento da mudança de nome da Praça de Toiros Campo Pequeno para Sagres Campo Pequeno e se concorda que “um Monumento com 130 anos de história, classificado como Património Cultural e de Interesse Publico, seja “baptizado” com o nome de uma marca comercial”.
Os deputados do Chega perguntam ainda a Pedro Adão e Silva “que medidas irá tomar o Ministério de Cultura para defender este Património e corrigir esta situação”.
No documento entregue na Assembleia da República, o Grupo Parlamentar do Chega relembra que a Praça de Toiros do Campo Pequeno, cujo o projecto é da autoria do Arquitecto António José Dias da Silva, foi inaugurada a 18 de Agosto de 1892, substituindo a anterior Praça de Toiros do Campo de Santana.
E realça que “a Monumental Praça, constitui um dos principais edifícios do neoárabe existentes em Portugal e é hoje um ex-libris da cidade de Lisboa, pelo seu valor cultural e emocional”, salientando que “gerações de aficionados, nacionais e estrangeiros, testemunharam uma parte importante da história da tauromaquia portuguesa nas suas bancadas”. “Actuaram ao longo da sua história os maiores nomes da tauromaquia mundial, seja a cavalo ou a pé, grupos de forcados e muitas ganadarias”.
“A Praça de Toiros do Campo Pequeno é considerada a Catedral do Toureio a Cavalo mundial. Para além de espectáculos tauromáquicos, o Campo Pequeno afirma-se actualmente como palco das mais diversas expressões artísticas, culturais e políticas, facto só possível após as obras de restauro e requalificação realizadas entre 2000 e 2006”, dizem ainda aqueles deputados.
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