O Grupo Parlamentar do Chega (CH) considera a dessalinização “uma solução que responde à problemática da seca e cuja implementação no nosso País se revela positiva e necessária”, mas alerta que os estudos técnico-económicos inerentes às soluções tecnológicas que se possam preconizar em futuros processos concursais devem “incluir o factor ambiental e neste caso directamente relacionado com a salmoura”, cujos resíduos “se não foram devidamente tratados, podem-se revelar nefastos à preservação da biodiversidade”.
Assim, aqueles deputados recomendam ao Governo que “proceda à divulgação dos estudos técnico-económicos e de impacte ambiental relacionados com as potenciais instalações de centrais de dessalinização no território nacional, que têm sido coordenadas pelas administrações das regiões hidrográficas, assim como os respectivos planeamentos, licenciamentos e fiscalizações”.
No caso específico e relacionado com a actual situação da bacia do Barlavento, o Chega aconselha o Executivo a “promover com carácter de urgência ao lançamento do concurso relacionado com a empreitada de construção da central de dessalinização”.
Avança ainda o Grupo Parlamentar do Chega no seu Projecto de Resolução 400/XV/1, sobre “Identificação dos recursos hídricos e a solução de dessalinização”, que “Portugal, com mais de 900 kms de costa deve olhar para a solução da dessalinização como uma oportunidade e como vários outros países com linhas costeiras o fizeram. Segundo estudos, existem mais de 16 mil centrais de dessalinização espalhadas por 177 países”.
Contudo, e “sendo uma solução que responde à problemática da seca e cuja implementação no nosso País se revela positiva e necessária, existem também consequências da tecnologia de dessalinização que devem ser tidas em conta, sobretudo a produção de resíduos como a salmoura que se não foram devidamente tratados, podem-se revelar nefastos à preservação da biodiversidade”, acrescenta o mesmo documento”.
Subprodutos da extracção do sal
Por esta razão, realçam os deputados do Chega, “devem os estudos técnico-económicos inerentes às soluções tecnológicas que se possam preconizar em futuros processos concursais, incluir o factor ambiental e neste caso directamente relacionado com a salmoura, mas também tendo em conta que existem projectos para aproveitamento destes resíduos e metais presentes no sal, por exemplo para os vender como subprodutos da extracção do sal”.
Dizem ainda aqueles deputados que “existem estudos, ainda que em fase de desenvolvimento, que observam a salmoura e o seu uso como oportunidade económica, nomeadamente para uso de produção de energia ou na aquicultura”.
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