O Centro de Medicina Subaquática e Hiperbárica (CMSH), neste momento de pandemia, tem estado na vanguarda da adaptação à nova realidade, garante a Marinha Portuguesa em comunicado.
Actualmente encontra-se em apreciação o desenho de um estudo clínico para avaliar a eficácia da Oxigenoterapia Hiperbárica na progressão da Síndrome de Dificuldade Respiratória Aguda, nos doentes com Covid-19. O CMSH da Marinha é ainda candidato a integrar um outro estudo, multicêntrico, com base na Suécia.
67 anos de experiência
Com 67 anos de experiência, este Centro foi criado para apoiar as missões dos mergulhadores da Armada, nomeadamente para tratar uma eventual doença de descompressão, e cedo constatou que a sua capacidade sobrante e know-how poderia ser disponibilizada em benefício da sociedade civil, e por isso tem tradicionalmente grande ligação e colaboração com o Serviço Nacional de Saúde.
O CMSH encontra-se “intimamente ligado à sociedade civil, de onde provém a maioria dos seus doentes, que o procuram, quer de forma privada, quer, mais frequentemente, enviados por unidades hospitalares públicas ou privadas”, acrescenta o mesmo comunicado.
No ano de 2019, o CMSH efectuou, em regime de rotina, cerca de 11.500 sessões de tratamento, correspondentes a múltiplas patologias, sendo as mais frequentes a surdez súbita, as lesões rádicas e as úlceras.
Durante a pandemia o CMSH foi pioneiro na instauração de diversas medidas de controlo de infecção, entre as quais a redução para metade dos doentes tratados por câmara (da sua capacidade máxima de 12, para 6), uso de máscara desde que entram na câmara até que saem, instauração de inquérito epidemiológico, medição diária de temperatura, obrigatoriedade na adopção de medidas básicas de higiene, entre outras.
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