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Carlos Neves: “É a agricultura intensiva que vos põe comida na mesa”

“Aposto que ao ler o título muitos de vocês engoliram em seco, sentiram um arrepio ou algum tipo de mal-estar. É um paradoxo do nosso tempo. A população portuguesa, tal como toda a população do mundo ocidental, vocês, os 95% que não são agricultores, tem uma imagem negativa da agricultura intensiva que vos alimenta. No entanto, quase toda a comida que podem comprar nos supermercados, na mercearia do bairro ou na banca do mercado, é fruto da agricultura intensiva. Carne, leite, ovos, frutas e legumes. Foi a agricultura dos adubos químicos e dos pesticidas de síntese que matou a fome no mundo ocidental e matou a teoria catastrofista do Malthus que dizia ser impossível alimentar a população que estava a crescer”.

Assim começa o artigo de opinião de Carlos Neves, agricultor e produtor de leite, fundador e ex-presidente da Associação dos Produtores de Leite de Portugal (APROLEP), publicado no Observador.

Carlos Neves acrescenta: “À agricultura intensiva “má” opõem-se a agricultura extensiva “boa”? Não. Já disse e volto a repetir: para fazer agricultura extensiva é preciso ter espaço para “estender”. Podemos fazer isso no Alentejo, não o podemos fazer no minifúndio do Minho ou da Madeira. Com 8.000 m2 de hortícolas em estufa, um agricultor da Póvoa consegue manter a sua família e produzir a salada para a mesa de muitas famílias”.

E realça que “os nossos avós faziam “policultura” porque tinham famílias numerosas a trabalhar de graça e “moços de lavoura” muito baratos. Muitos eram os vossos pais e avós, que há muito emigraram para a cidade”, sem esquecer que “nós, os que ficamos na terra a produzir a carne, o leite, os ovos, a fruta, as hortícolas ou o algodão da vossa roupa, fomos os que aceitamos usar máquinas, adubos, pesticidas e todas as coisas que fazem parte da agricultura moderna, tão moderna como o vosso carro, o vosso telemóvel, as vossas máquinas de lavar roupa, louça e os detergentes que colocam lá dentro”.

Pode ler o artigo completo, no Observador, aqui

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