O volume de capturas de pescado em Portugal, em Junho de 2021, diminuiu 13% (+19,2% em Maio), justificado pela menor captura de peixes marinhos (sobretudo cavala), mas também carapau, peixe-espada e atuns, revela o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Agosto de 2021, do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Às 10.483 toneladas de pescado correspondeu uma receita de 28.259 mil euros, valor que representou um aumento de 5,0% (+29,4% em Maio).
Na Região Autónoma dos Açores foram capturadas 912 toneladas de pescado, ou seja, um aumento de 8,2% (-18,7% em Maio), que resultou sobretudo da maior captura de carapau, cavala e peixe-espada. Na Região Autónoma da Madeira as 570 toneladas capturadas constituíram um decréscimo de 25,6% (+83,1% em Maio), especialmente devido à menor captura de tunídeos e peixe-espada.
Peixes marinhos
Acrescentam os técnicos do INE que o volume de peixes marinhos capturados a nível nacional foi 9.022 toneladas e teve um decréscimo de 15,4% (+20,1% em Maio). Esta situação resultou fundamentalmente da menor captura de cavala (-50,4%), com 1.159 toneladas, carapau (-9,3%), com 1.514 toneladas, peixe-espada (-31,9%), com 330 toneladas e de atuns (-20,3%), com 771 toneladas capturadas.
Em contrapartida, registaram-se maiores capturas de sardinha (+0,7%), com 3.741 toneladas, ao abrigo do Despacho Nº 4626/2021 de 6 de Maio, que determinou a reabertura da pesca desta espécie a partir das 00:00 horas do dia 17 de Maio de 2021 e de biqueirão, que com 41 toneladas mais do que duplicou a sua captura em relação ao mês homólogo (+116,1%).
O volume de crustáceos (231 toneladas) teve um acréscimo de 25,6%, devido principalmente ao maior volume de gamba branca, caranguejos e camarão. Os moluscos apresentaram igualmente um aumento de 3,1%, atingindo as 1 225 toneladas capturadas, sendo de destacar o maior volume de polvo, choco e pota, e de bivalves como ostras, longueirão, lapa e mexilhão.
Agricultura e Mar Actual