“A substituição de Capoulas Santos — um político experiente, conhecedor dos dossiês e dos meandros da burocracia comunitária — na véspera da presidência portuguesa da União Europeia e da negociação de uma nova PAC [Política Agrícola Comum], foi o momento a partir do qual o barco da agricultura perdeu o leme e começou a andar à deriva”.
A afirmação é do secretário-geral da CAP — Confederação dos Agricultores de Portugal, Luís Mira, que, em artigo de opinião publicado no Dinheiro Vivo, apelida a ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, de “Dona Inércia” e garante que “o governo se está nas tintas para a agricultura e para o mundo rural”.
“Sem peso político real, sem noção das especificidades do sector, sem conhecimento nem compreensão do funcionamento do ministério e sem entendimento dos mais básicos fundamentos da Política Agrícola Comum, Maria do Céu Antunes foi um erro logo na sua escolha”, continua Luís Mira.
E acrescenta: “o que temos hoje, contudo, é a Dona Inércia, instalada pacatamente no Terreiro do Paço, deslumbrada com a função ministerial que ocupa, não compreendendo as exigências e responsabilidades que são inerentes ao cargo, enquanto o edifício da agricultura se desmorona”.
“As Direcções Regionais de Agricultura são extintas e passam para a tutela do Ministério da Coesão Territorial e o que faz a Dona Inércia? Nada!”, realça ainda o secretário-geral da CAP no artigo de opinião intitulado “Agricultura à deriva, sem rumo nem futuro. Até quando, senhor primeiro-ministro?”, que pode ler no Dinheiro Vivo, aqui.
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