A Câmara Municipal de Setúbal, a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA e a Associação dos Aquacultores de Setúbal estão a trabalhar para criar melhores condições para o desenvolvimento da indústria de produção de ostra no Estuário do Sado.
Ontem, 6 de Dezembro, os presidentes da Câmara Municipal, André Martins, do conselho de administração da APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, Carlos Correia, da Associação dos Aquacultores de Setúbal (AAS), António Correia, e da Junta de Freguesia do Sado, Marlene Caetano, visitaram vários locais para onde a associação tem projectos e duas empresas produtoras de ostras, avança uma nota de imprensa da autarquia de Setúbal.
Refira-se que o processo de constituição da AAS ficou concluído em 16 de Maio, com a realização da primeira assembleia geral, para eleição dos órgãos sociais, que teve lugar na Sala de Sessões dos Paços do Concelho.
“Estamos aqui com a APSS na procura da criação de melhores condições para o trabalho e para o desenvolvimento da indústria de produção da ostra no Estuário do Sado”, disse o presidente da Câmara, André Martins, durante o encontro, promovido pela autarquia e pela AAS, no qual esteve acompanhado pela vereadora do Urbanismo, Rita Carvalho.
O autarca sublinhou o caminho que está a ser feito para aproveitar o que o Estuário do Sado “pode dar em termos de rentabilidade económica”, nomeadamente de piscicultura e de produção de ostras, sempre “com a preservação e valorização” daquela zona.
“O Estuário do Sado tem uma tradição na produção de ostras com processos naturais. Após ter sido interrompido esse ciclo, há hoje investidores, aqui em Setúbal, no Sado, a investir na produção de ostra. Constituíram-se numa associação, com o apoio da Câmara Municipal, e estamos num processo de promoção e de divulgação da marca ‘Ostra de Setúbal. É também um processo fundamental evoluirmos para a certificação do peixe e da ostra de Setúbal”, afirmou.
Acompanhado por outros membros da direcção, o presidente da AAS agradeceu a presença no encontro dos presidentes da Câmara, da APSS e da Junta de Freguesia do Sado e salientou que a visita marcava “o início do trabalho de uma associação que foi criada este ano e que reúne os aquacultores” de Setúbal, adianta a mesma nota.
“Marca também a importância da unificação de vontades e de uma linha directora que una os produtores, as autoridades e as entidades locais para levar a indústria ao seu potencial máximo”, notou António Correia, adiantando que, além de mostrar a sua forma de trabalhar, como os produtores estão organizados e as suas prioridades, iam ainda ser visitados “alguns locais para projectos que a associação quer desenvolver”.
Por sua vez, o presidente do conselho de administração da APSS salientou que o objectivo era “avaliar e analisar, todos em conjunto e em parceria, a possibilidade de criar condições melhoradas” para a produção de ostras, referindo que a administração portuária também desempenha um papel “de valorização das actividades económicas” da Península de Setúbal.
“A produção de ostras é uma marca de Setúbal, é uma actividade económica importante e uma marca que nós também queremos ajudar a potenciar. Estamos aqui para trabalhar em conjunto”, disse, frisando que esta foi uma primeira reunião e que as alternativas terão de ser estudadas e aprofundadas “conjuntamente”, para se “encontrar as melhores soluções que permitam o desenvolvimento desta atividade”.
Carlos Correia manifestou “vontade” e “disponibilidade” da APSS para “ajudar” a AAS e a Câmara Municipal de Setúbal “nesta parceria”, de modo “a desenvolver esta actividade e a criar as melhores condições para que ela se possa realizar de forma competitiva, de forma sustentável e para que eleve cada vez mais a marca de Setúbal não só a nível nacional, mas também a nível internacional”.
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