A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, acusou Governo de oferecer uma “promoção aos supermercados paga com 410 milhões de euros dos contribuintes”, um “número publicitário que fica caro ao erário público”, ao mesmo tempo que “pensões e salários ficam cada vez mais curtos”.
Catarina Martins, que falava na Assembleia da República sobre a descida do Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA) para 44 produtos alimentares, à taxa zero, explicou que, “se medida do Governo correr bem, o cabaz básico que custa agora 226 euros, e que é apenas uma parte das compras necessárias a cada mês, desce 8 euros, passando a custar mais 26 euros, quase mais 12%, do que há um ano”, avança o esquerda.net, meio de comunicação do BE.
Segundo Catarina Martins, “não há volta a dar: esta inflação não se explica sem olhar para os lucros da grande distribuição”. E é exactamente por isso que o Bloco de Esquerda defende que “é preciso controlar preços e margens”, por forma a “garantir que esta pequeníssima descida de IVA chega aos bolsos de quem precisa”.
“Na verdade, este acordo é exactamente o que parece: um acordo para noticiário ver, que, tal como acontece com o acordo de rendimentos com os patrões, vai redundar apenas e só numa borla fiscal aos grandes grupos económicos”, rematou a bloquista no Parlamento.
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