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AlgarOrange: Observatório de Preços regista “graves incongruências nos valores apresentados”

A direcção da AlgarOrange – Associação de Operadores de Citrinos do Algarve diz não perceber as recentes declarações da ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, sobre a evolução dos preços da laranja nos produtores. Garante que o Observatório de Preços regista “graves incongruências nos valores apresentados” e que “a tendência dos preços da laranja será de subida”.

“A laranja teve uma quebra na produção de 46%, ou seja, o valor baixou 46%. Depois quando vemos aquilo que o consumidor está a pagar, não encontramos uma razão para esta justificação”, afirmou no último fim-de-semana a ministra à comunicação social.

Face a estas declarações, a AlgarOrange diz em nota de imprensa que “não se percebe a que período se refere quando afirma que o preço/valor baixou 46%. O rigor manda que se defina aquilo que se compara”.

Na verdade, consultando no Observatório de Preços a evolução de preços na produção para a laranja, (semana 12/2023), a Revista Agricultura e Mar constata que, naquela semana, os produtores receberam em média 0,44 euros por quilo de laranja, menos 0,05 euros que em igual período do ano passado (0,49 €). Na primeira semana de 2023 o preço médio pago ao produtor era de 0,35 euros por quilo.

Ora, a direcção da AlgarOrange diz que “verificam-se graves incongruências nos valores apresentados, não correspondendo certamente à mesma origem na cadeia de preço”, acrescentando que “de acordo com os nossos dados no período de 2019 a 2023 os preços à produção subiram cerca de 23%”.

Fonte: GPP

Adianta a mesma nota que “os factores de produção dos citrinos tiveram um forte incremento com a pandemia Covid-19 e a guerra da Ucrânia, pelo que mesmo com os aumentos dos preços referidos, a rentabilidade dos produtores de citrinos baixou”.

“Reafirmamos que a tendência dos preços da laranja será de subida face à quebra de produção de cerca de 50% da variedade de Verão e ao normal funcionamento do mercado”, diz ainda a AlgarOrange, apelando “a todas as entidades e a todos os responsáveis da fileira agroalimentar contenção e sensatez na forma como se veiculam informações, que não sendo sustentadas em dados seguros apenas levam à confusão junto dos consumidores”.

Agricultura e Mar

 
       
   
 

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