Os pescadores da freguesia da Comporta estão proibidos, na licença de 2018, de apanhar lingueirão, lamejinha e amêijoa. O presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, Vítor Proença, discorda e mostra preocupação. E foi recebido pelo director-geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), José Carlos Simão, e duas técnicas deste organismo.
José Carlos Simão explicou que a decisão “se prende, essencialmente, com razões microbiológicas e níveis de toxinas“, mas assumiu o compromisso de, na segunda quinzena de Abril, enviar à Carrasqueira técnicos da Direcção-Geral para procederem a uma reunião com os pescadores, na qual lhes serão transmitidos procedimentos e informações úteis.
O presidente do Município de Alcácer do Sal, esteve na reunião, em Lisboa, acompanhado da presidente da Junta de Freguesia da Comporta, Deolinda Florêncio, e de um representante dos pescadores locais, ontem à tarde, 8 de Março.
Revisão pedida
De acordo com aquela licença de apanha de marisco, emitida pela DGRM, os pescadores estão limitados a apanhar caranguejo à mão, além de poderem ainda apanhar amêijoa da cabeça (ou amêijoa boa), mas não poderem comercializá-la.
A comitiva autárquica pediu, então, a revisão da licença, que afecta a vida económica de muitas famílias, tendo o edil Vítor Proença manifestado ainda a sua incompreensão pela alteração da licença (que, em 2017, permitia a apanha das espécies agora proibidas) sem que tal tivesse sido justificado.
O director-geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, José Carlos Simão, forneceu então documentação de fundamentação desta decisão que afecta o canal de Alcácer do Sal e que se prende, “essencialmente, com razões microbiológicas e níveis de toxinas”.
Agricultura e Mar Actual