A AJAP – Associação dos Jovens Agricultores de Portugal considera ser “necessário refazer, apostar, incentivar, fazer acontecer e rejuvenescer os territórios rurais, durante 365 dias por ano, nos próximos 10 anos”. Uma proposta que “deve ser implementada obviamente pelos governos eleitos e em funções neste período, mas em relação a estas matérias deveria existir um acordo parlamentar, unânime, e defendido por todos os deputados da Nação”.
“Finda esta década, deveria fazer-se uma análise pormenorizada, e apontar novas medidas para um novo acordo parlamentar e para novo período de intervenção”, refere uma nota de imprensa da AJAP.
“Só não vê quem não quer ver, só não vê quem não visita, ou apenas visita bons exemplos e projectos bem-sucedidos, muitos já com capitais de fora. Os políticos fazem “vista grossa” a estas regiões, e refugiam-se nos números nacionais das exportações, do índice de auto-suficiência alimentar e felizmente em algumas regiões na adesão em crescendo às novas tecnologias, agricultura de precisão e inteligência artificial”, frisa a mesma nota.
Para a AJAP, “nada contra, mas segundo esta visão deixam muito País para trás, que, ou não conhecem, ou pura e simplesmente, ignoram. Parece que estas regiões estão mesmo condenadas, têm pouco peso económico, pouca população, poucos deputados, e infelizmente apenas vão sendo lembradas em épocas como esta que acabamos de ultrapassar, os incêndios de Setembro de 2024, recordamos 2017 e infelizmente tantos outros”.
“Depois, as lamúrias do costume, as desculpas de sempre, e o atirar de responsabilidades para alguém, pois ninguém as quer ter, em face de tanta área ardida, árvores perdidas, explorações destroçadas, animais mortos, casas de habitação destruídas, bombeiros desfeitos pelas perdas, população desanimada e sem forças para reconstruir, pois temem sempre que mais ano menos ano, tudo se possa repetir”, frisa.
E realça: “os incêndios tudo destroem! A mãe natureza a seguir tenta refazer, mas o homem não faz o mesmo, mas tem de o fazer, sob pena de tudo se perder nestes territórios: pessoas, floresta, fauna, flora, ecossistemas e natureza”. “Daí o nosso grito: é necessário refazer, apostar, incentivar, fazer acontecer, e rejuvenescer os territórios rurais, durante 365 dias por ano, nos próximos 10 anos”.
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