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Aicep publica síntese do mercado brasileiro de conservas de sardinha e atum

A Aicep – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal acaba de publicar a Síntese Sectorial de Mercado  – Brasil – Conservas de Sardinha e Atum. A análise apresenta uma caracterização da evolução recente daquele mercado brasileiro, nomeadamente, importações e países fornecedores, principais produtores e marcas, características da distribuição, preferências e tendências de consumo, bem como questões regulamentares e outras de carácter prático a ter em conta na abordagem ao mercado.

Com um PIB de 1.800 mil milhões de dólares em 2015, o Brasil é, segundo o Banco Mundial, a nona economia mundial e a primeira da América Latina, com uma população de 204,5 milhões de habitantes.

A forte quebra do investimento e do consumo privado e público em 2015 foram determinantes para a contracção de 3,8% da economia brasileira. As tentativas de ajustamento orçamental e de controlo da inflação não têm resultado e os desenvolvimentos da Operação Lava Jato, a instabilidade social e política não contribuem para uma saída rápida do Brasil desta turbulência.

Perspectivas desfavoráveis

As perspectivas de evolução não são favoráveis para 2016 e apontam para uma retoma modesta ou um crescimento nulo no ano seguinte. O consumo privado deverá continuar em queda em 2016, estagnando em 2017, espera-se a manutenção da tendência de desvalorização do real face ao dólar e ao euro e as importações de bens e serviços deverão continuar a baixar em 2016, prevendo-se que aumentem em 2017.

Apesar do Brasil ser uma economia pouco aberta, é relevante no contexto no comércio mundial (25º maior importador e exportador de bens em 2015) e reveste-se de grande importância para Portugal  pelos laços históricos existentes e pelo actual posicionamento mundial deste mercado.

O Brasil é um destacado parceiro comercial de Portugal, quer enquanto destino das exportações, quer no que se refere à origem das importações, ocupando a 12ª posição no ranking de clientes e a 11ª no de fornecedores, em 2015. Fora da UE, está no quinto lugar na tabela de clientes e ocupa o quarto lugar como fornecedor extra-comunitário.

Na estrutura das exportações portuguesas para o mercado, destacam-se os produtos agrícolas (44,2% do total em 2015), os veículos e outro material de transporte (15,9%) e as máquinas e aparelhos (12,7%), seguidos dos produtos alimentares (6,9% do total).

A balança comercial brasileira de conservas de atum e sardinha é deficitária e, em 2015, o Brasil posicionou-se como 17º e 15º cliente externo destes produtos portugueses.

O desenvolvimento da indústria de conservas de peixe no Brasil tem sido positivo e conta com a presença de grandes empresas nacionais e estrangeiras e o sector beneficia de medidas governamentais, estando a ser preparadas campanhas para aumentar a procura de peixes enlatados.

O potencial de crescimento do mercado, aliado à associação destes produtos fáceis de utilizar a um estilo de vida saudável, a par da baixa qualidade da oferta da generalidade dos concorrentes são oportunidades a explorar por parte da oferta portuguesa do sector.

O documento pode ser consultado no site da Aicep aqui.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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