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Agricultores do Baixo Alentejo pedem debulha normal dos cereais excepto entre as 13 e 17 horas

A FAABA – Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo propõe à ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, que seja “permitida a debulha normal dos cereais, excepto no período compreendido entre as 13 e 17 horas (período em que as temperaturas são mais elevadas) em situações climáticas extremas em que tenha sido decretado o alerta vermelho para a região”.

Em carta Aberta à ministra, a direcção da Federação relembramos também, que “é normal fazer a debulha de cereais no Alentejo com temperaturas acima dos 30ºC, sendo que as zonas ocupadas por esta cultura situam-se em áreas desprovidas de coberto florestal, onde o risco de incêndio é diminuto”.

A FAABA reconhece “a absoluta necessidade de implementação de medidas que evitem a deflagração de fogos que, infelizmente, têm assolado o nosso território, principalmente nas zonas providas de coberto florestal no Norte e Centro do País.

Mas considera haver, no entanto, “algumas situações na nossa região, que pelas suas particularidades, deveriam, em nossa opinião, merecer outra atenção e até algum alívio e bom senso nas medidas restritivas agora decretadas”.

Além do horário definido para a utilização das máquinas debulhadoras que se encontram em plena campanha de recolha de cereais, “outra situação que se está a verificar na região, e para a qual o despacho não dá a devida cobertura, tem a ver com a instalação de sistemas de rega, na maior parte dos casos para culturas permanentes em que se torna necessária a utilização de retroescavadoras para abertura e fecho de valas”.

“Estas operações ocorrem geralmente em parcelas já gradadas, preparadas para a plantação e completamente limpas de pastos, onde o risco de incêndio é nulo. O impedimento destes trabalhos está a prejudicar não só os agricultores que necessitam de ter os sistemas instalados e prontos para a rega das plantas (na maioria dos casos já encomendadas), mas também as empresas de rega que estão impedidas de trabalhar. Sugerimos que para estes trabalhos seja estabelecido um horário semelhante ao solicitado para a colheita dos cereais”, realça a mesma Carta Aberta.

Segundo a Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo, há ainda determinadas operações de preparação de terreno para culturas anuais ou permanentes, (ex. lavouras e ripagens sem recursos à utilização de alfaias de discos) que “em nossa opinião também poderão ser executadas no período acima referido, mesmo que para isso tenham que ser reforçadas as medidas de segurança contra incêndios”.

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