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Acréscimo defende plano de combate à desvalorização da madeira ardida

A Acréscimo – Associação de Promoção ao Investimento Florestal emitiu um comunicado no qual critica os subsídios atribuídos ao rendimento da floresta e defende um “plano de combate à desvalorização da madeira ardida em 2016”. E considera que as apostas dos vários governos podem denotar um “favorecimento à manutenção de preços baixos de bens florestais à indústria” e que o retorno do investimento “tem sido obtido através de incêndios, pragas e doenças nas florestas”.

As criticas surgem depois do ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, na passada semana, ter anunciado a existência de um “pacote florestal” de 700 milhões de euros até 2020.

“Realça-se assim a variação de 540, 500 e 700 milhões de euros no apoio público para as florestas, só até 2020. Estando em 2017, importa saber quanto já chegou ao terreno”, diz a nota da Acréscimo, acrescentando que “provavelmente, acrescerão aos 700 milhões de euros os 18 milhões anunciados recentemente pelo primeiro-ministro, de apoio público à melhoria da produtividade das plantações de eucalipto, num quadro de desinvestimento, neste domínio, por parte da indústria papeleira, seja com a contracção de áreas próprias de eucaliptal, seja pelo desmantelamento e redução de custos nos centros de investigação que possuem”.

Os responsáveis pela associação dizem que “insistem os políticos num quadro de subsidiodependência, menosprezando um quadro de aposta no rendimento florestal (ou seja, a montante da indústria). Todavia, essa aposta em apoios públicos tem resultado em desflorestação”.

Valorizar madeira ardida

Mas a Acréscimo não se fica por aqui e lança mesmo a ideia de que a madeira ardida deve ser valorizada, questionando: “no domínio da salvaguarda do rendimento, importa questionar se foi elaborado e operacionalizado algum plano de combate à desvalorização da madeira ardida em 2016?”

Para a associação, as “apostas governamentais em ciclos de atribuição de subsídios, descorando o rendimento silvícola, só pode ter explicação num favorecimento à manutenção de preços baixos de bens florestais à indústria. Chamam-se a terreiro os demais cidadãos, que passam assim a ser componente essencial nos negócios de bens silvícolas, “compensando” as perdas da produção. Todavia, parte muito significativa do retorno desse investimento dos cidadãos (nacionais e europeus) tem sido obtido através de incêndios, pragas e doenças nas florestas”.

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