O secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia anunciou hoje, 19 de Novembro, em Bruxelas, que os Açores vão aumentar em 12% a quota de goraz para o biénio 2019 e 2020, o que se traduz em mais 69 toneladas.
Gui Menezes, que falava à margem da reunião de Conselho Ministros das Pescas da União Europeia, em que participou integrando a comitiva portuguesa, frisou que, desde que foram implementadas quotas para espécies de profundidade, “esta é a primeira vez que se regista o aumento de quota para o goraz”.
Aumento de quota pela gestão racional
Segundo o secretário Regional, o aumento de quota para esta espécie “é fruto da gestão racional deste recurso pela Região, e que é suportada por dados científicos”, acrescentando que o aumento de 12% “superou as expectativas, dado que a Região havia reivindicado um aumento da ordem dos 10%”.
Gui Menezes lembrou, no entanto, que “os Açores têm de estar permanentemente atentos ao estado deste recurso e continuar o caminho da gestão mais racional da quota para se obter um maior rendimento” com esta pescaria.
Imperador e alfonsim
No que respeita ao imperador e alfonsim (Beryx), o Secretário Regional referiu que a proposta inicial da Comissão Europeia era uma redução de 20% da quota para estas espécies, acrescentando, contudo, que, “após a argumentação da comitiva portuguesa, a quota sofreu um corte de menos 10%”.
Segundo Gui Menezes, neste sentido, a Região, que desde maio de 2017 detém 85% da quota total nacional de ‘Beryx’, vai passar a dispor de 139 toneladas anuais para estas espécies.
O secretário Regional referiu ainda que, tal como era reivindicado pelo Executivo açoriano, mantêm-se os Totais Admissíveis de Captura para tubarões de profundidade, enquanto captura acessória da pesca dirigida ao peixe-espada preto.
“Boas notícias para o sector das pescas”
Segundo o secretário Regional, estes resultados são “boas notícias para o sector das pescas” dos Açores, frisando que o aumento de 12% da quota de goraz, uma das espécies com maior valor comercial na Região, “vai contribuir para o aumento do rendimento dos pescadores”.
Refira-se que este ano, até à data, o goraz já rendeu na primeira venda 5,6 milhões de euros, sendo que em 2017 os pescadores açorianos arrecadaram na primeira venda desta espécie sete milhões de euros.
Agricultura e Mar Actual