O secretário Regional da Agricultura e Alimentação dos Açores anunciou este sábado, 13 de Abril, na Praia da Vitória, que a anteproposta de Plano e Orçamento para 2024 reserva “um aumento de 13% para o sector”, não só pelo valor que a produção agrícola expedida pela Região atingiu nos últimos anos, como também “para permitir um ajustamento àquilo que são as necessidades e dificuldades da agricultura”.
“Comparativamente a 2023, há um aumento de 13% relativamente ao investimento total para o sector da agricultura para permitir, por um lado, um ajustamento àquilo que são as necessidades e dificuldades da agricultura, porque é preciso não esquecer que nós vivemos ainda duas guerras, a Covid-19 ainda não terminou, há uma inflação dos juros e, portanto, há um conjunto de situações externas que estão a influenciar o rendimento do agricultor”, justificou o governante.
António Ventura falava na sessão de encerramento da 16ª edição das Jornadas Agrícolas da Praia da Vitória, que teve lugar em São Brás, onde anunciou ainda que o Observatório dos Preços Agroalimentares está em fase de instalação e deverá produzir resultados a partir de Junho, refere uma nota de imprensa do Executivo açoriano.
“Um dos objectivos deste Plano é ir ao encontro àquilo que é a sustentabilidade produtiva da Região e o preço justo para quem produz, isto é, para os açorianos que produzem alimentos”, acrescentou o governante.
“Pela primeira vez estão-se a criar sensores em todas as ilhas, em todos os concelhos, para depois essa informação ser tratada e divulgada publicamente e assim todos vão ficar a saber qual é o custo de produzir nestas nossas ilhas, mas também vão saber qual é o custo de transformar e qual é o custo de venda, numa transparência como nunca ante foi conseguido,” destacou.
Caminhos agrícolas
Também no âmbito do Plano e Orçamento para 2024, o responsável pela pasta da agricultura afirmou haver “uma grande preocupação” com “a degradação dos caminhos agrícolas e uma elevada herança” recebida nesse sentido, pelo que “há um aumento significativo, quer na componente de intervenção do IROA, quer dos Serviços Florestais, em cerca de 20%”.
Relativamente à revisão do POSEI prevista para o próximo ano, o secretário Regional avançou que a mesma “obriga a que os Açores, enquanto Região ultraperiférica, estejam preparados para aumentar a dotação financeira e rever uma filosofia de apoio mais qualitativa”.
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