O Grupo Parlamentar do Chega quer saber que “dados concretos tem o Governo sobre a existência e proliferação da Xylella fastidiosa em Portugal” e que “medidas estão a ser implementadas, no sentido de se minimizar a disseminação da bactéria”.
Em três perguntas entregues na Assembleia da República, dirigidas ao ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, os deputados do Chega querem ainda saber se “está previsto algum apoio aos agricultores, com explorações agrícolas afectadas pela doença”.
Explicam os deputados do Chega, no documento dirigido ao ministro da Agricultura, que “a directora do Laboratório de Fitossanidade (FitoLab) alertou para o barril de pólvora que se está a formar em Portugal, com a dispersão, no nosso País, de uma bactéria que pode afectar a vinha, o olival, a amendoeira, a cerejeira, a ameixeira, o sobreiro, a figueira, bem como plantas ornamentais e da flora espontânea”.
A bactéria Xylella fastidiosa foi detectada pela primeira vez na Europa em 2013, tendo sido confirmada em Portugal em 2019, na Área Metropolitana do Porto, mais propriamente numa sebe ornamental de Lavandula dentata, em Vila Nova de Gaia. Desde então somaram-se outros 18 focos activos, dispersos por vários pontos do País. A bactéria é transmitida pela cigarrinha-da-espuma (um insecto comum na Europa), bloqueia o xilema e as plantas vão ficando secas, até morrerem por completo”, acrescentam aqueles deputados.
“Até ao momento não há qualquer forma de tratamento da bactéria e a única solução passa pela criação de zonas demarcadas e eliminação de todas as plantas susceptíveis de hospedar a Xylella (que são mais de 700 espécies), num raio de dois quilómetros”, frisa o Grupo Parlamentar do Chega.
Portugal é o País “com mais focos na Europa. Existe em Trás-os-Montes, no Porto, na região Centro, em Lisboa e em Marvão. Em termos de áreas afectadas, pode não ser o maior, mas é o que tem mais risco, com uma probabilidade de disseminação em todo o território. Por outro lado, os focos já identificados estão próximos ou em zonas com grande capacidade produtiva de várias plantas que são afectadas pela bactéria”, referem os deputados do Chega.
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