O Perímetro de Rega do Mira (PRM) encontra-se em “situação de contingência hídrica, possuindo um potencial inexplorado” que, segundo a consultora EY-Parthenon, permitiria triplicar o seu impacto económico e social. Se não existissem limitações no fornecimento de água à agricultura e com o aproveitamento total da área inscrita pelos agricultores, o PRM, teria gerado em 2023 um impacto directo e indirecto de 742 milhões de euros” em Valor Acrescentado Bruto (VAB) e mais de 190 milhões de euros em receitas fiscais, viabilizando 24.400 postos de trabalho.
A conclusão é do relatório “O impacto económico dos pequenos frutos e da agricultura no Perímetro de Rega do Mira”, que analisa o contributo económico e social da agricultura no Perímetro de Rega do Mira, localizado na região de Odemira e Aljezur, evidenciando a relevância desta região para o desenvolvimento sustentável e para a economia local, regional e nacional. Um estudo apresentado hoje, 14 de Janeiro, pela Lusomorango – Organização de Produtores e a EY-Parthenon.
Mas, para tal, “será necessário investir em soluções estruturais e no fortalecimento das infra-estruturas de rega, assim como em novas fontes de água — como a apresentada pelo Movimento “Água ao Serviço de Futuro” que defende a interligação Alqueva-Santa Clara-Odelouca que permitirá reforçar o abastecimento do Sudoeste alentejano e do Algarve com base em caudais derivados do sistema de Alqueva – garantindo a sustentabilidade da actividade agrícola e o desenvolvimento da região”, realça a consultora EY-Parthenon, responsável pelo estudo.
Pode ler a apresentação do relatório “O impacto económico dos pequenos frutos e da agricultura no Perímetro de Rega do Mira” aqui.
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