A Continental Mabor foi alvo de protestos peça “valorização dos salários”. A concentração, junto à portaria principal da empresa, decorreu entre as 14h00 e as 17h30, de 28 de Março, “para exigir da administração a real valorização dos salários e dos trabalhadores”.
“Os trabalhadores da Continental Mabor, em Famalicão, dão lucros crescentes à multinacional, põem todo o Mundo a rolar e não querem mais que o salário fique parado. Realizaram um acção pública, a 28 de Março, no exterior da fábrica, uma das maiores exportadoras nacionais”, refere um nota de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte (SITE Norte), afecto à CGTP-IN.
“A quem trabalha é exigido sempre mais: mais tarefas, mais produção, mais responsabilidades, mais stress, mais tempo, mais disponibilidade. Mas a administração ignora os trabalhadores e o seu sindicato. (…) Não quer sequer usufruir de benefícios fiscais, por distribuir lucros aos trabalhadores, quando tem possibilidade de o fazer”, adianta a mesma nota.
Para aqueles sindicalistas, “o salário real continua a diminuir. Por este rumo e a este ritmo, em breve a remuneração daqueles trabalhadores especializados ficaria ao nível do salário mínimo nacional. A cada ano que passa, os trabalhadores criam mais e mais riqueza para o accionista”.
E realçam que, no ano de 2022, “cada trabalhador entregou mais de 95 mil euros de lucro. É expectável que este valor seja superior em 2023 e que volte a subir em 2024. Para o sindicato e os trabalhadores, a administração não tem argumentos para não integrar o prémio no salário-base e, assim, efectuar um aumento salarial justo e necessário, para inverter o caminho do salário mínimo”.
“É possível aumentar também o valor da distribuição de lucros, para uma mais justa repartição da riqueza gerada”, garante o SITE Norte.
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