A DGAV – Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária está a divulgar um poster relativo às plantas ornamentais que podem ser via de dispersão de Citrus greening, considerada a doença mais devastadora dos citrinos a nível mundial.
“Pretende-se que os profissionais e a população em geral, estejam atentos e reportem aos serviços oficiais quaisquer casos suspeitos da presença da doença ou dos insectos que a transmitem”, diz a DGAV.
A maioria das espécies da família Rutaceae (onde se incluem os citrinos), muito usadas para fins ornamentais e de culinária, são hospedeiras da doença mais devastadora dos citrinos comerciais a nível mundial, causada pela bactéria do género Candidatus Liberibacter spp Las, Laf e Lam e também dos insectos transmissores dessa doença (fotos A a H e lista de plantas hospedeiras).
Esta bactéria transmite-se de planta a planta pelos insectos Trioza erytreae e Diaphorina citri e por enxertia de plantas sãs com material infectado.
Os insectos alimentam-se nos rebentos jovens das plantas produzindo sintomas típicos.
Os citrinos infectados pela bactéria apresentam folhas com marmoreado clorótico e os frutos, na fase de maturação, apresentam uma coloração invertida.
Nem todas as espécies apresentam sintomas da bactéria quando infectadas.
“Caso observe estas plantas com sintomas suspeitos de infestação por estes insectos ou pela bactéria, comunique de imediato aos serviços de inspecção fitossanitária da Direcção Regional de Agricultura e Pescas da sua região”, pede a DGAV.
O insecto Trioza erytreae está presente na Europa no litoral Norte de Portugal continental, Galiza, Ilha da Madeira e Ilhas Canárias.
O insecto Diaphorina citri e a bactéria causadora do Citrus greening nunca foram detectados na Europa.
Pode aceder aqui a mais informação fitossanitária sobre o Trioza erytreae.
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