Eurodeputados portugueses e espanhóis, reunidos no 3º Congresso Ibérico do Milho, concordaram que “o regadio deve ser um desígnio estratégico para defender no Parlamento Europeu”. O 3º Congresso Ibérico do Milho decorreu em Lisboa nos dias 21 e 22 de Fevereiro e foi organizado pela Anpromis — Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo e a Agpme — Associação Geral dos Produtores de Milho de Espanha.
Em conjunto, “os dois países poderão alcançar medidas que beneficiem os agricultores que diariamente procuram estratégias para se adaptarem aos impactos das alterações climáticas, nomeadamente os eventos extremos”. refere uma nota de imprensa da Anpromis.
Clara Aguilera, eurodeputada da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas Europeus (Espanha), afirmou “que a política da água é essencial na próxima legislatura. As infra-estruturas hídricas estão a tornar-se importantes”.
A mesma responsável lembrou ainda que Portugal e Espanha já têm um histórico de sucesso ao defenderem os seus interesses juntos, dando como exemplo a electricidade, que considera ser um modelo passível de transpor para a gestão da água, avança a mesma nota.
Por sua vez, Juan Ignacio Zoido, eurodeputado do Partido Popular Europeu (Espanha), acrescentou “que é preciso desenvolver uma infra-estrutura hídrica moderna que permita travar o impacto das alterações climáticas”. O mesmo responsável defendeu que urge aproveitar métodos como a “dessalinização e a reutilização de água”.
Já Nuno Melo, eurodeputado do Partido Popular Europeu (Portugal), disse que os “agricultores são ambientalistas racionais” e que Bruxelas tem uma posição muito dogmática face às medidas ambientais. Nuno Melo defendeu que deve existir “uma discriminação positiva para o sul da Europa e, em Portugal, deve, por fim, existir uma política de transvases. A água deve ser uma prioridade para qualquer governo”.
Por utro lado, Sandra Pereira, eurodeputada da Esquerda Europeia (Portugal), considera igualmente que a água é uma prioridade, defendendo que “há infra-estruturas que são estratégicas e não se percebe porque não saem do papel. Falamos de obras de apoio ao regadio e da criação de estruturas que permitam a reutilização de água”.
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