Os técnicos da EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva consideram ser importante organizar a produção de trigo “de forma a produzir com escala as variedades que as indústrias necessitam. As condições edáficas da região, com a disponibilidade de água de Alqueva permitem que se produza em quantidade e com qualidade”.
Segundo a sétima edição do Anuário Agrícola de Alqueva, publicado pela EDIA, o trigo produzido em Portugal tem “muita qualidade, mas segundo os especialistas, falta dimensão à produção, ou seja, os lotes que se conseguem produzir não têm dimensão suficiente para que as indústrias os possam utilizar nas suas cadeias de produção”.
No entanto, o desenvolvimento do Projecto “Pão de Cereais do Alentejo”, o qual integra uma série de entidades, entre as quais associações de produtores, entidades de investigação e empresas privadas “poderá dar um contributo para a dinamização deste sector”.
Por outro lado, dizem os técnicos da EDIA que a aprovação da Estratégia Nacional para a Promoção da Produção de Cereais, “pode criar condições para um novo impulso nesta cultura. É necessário aguardar pelas próximas campanhas, para validar o impacto desta estratégia”.
Trigo em Alqueva
O trigo é das culturas mais tradicionais do Alentejo, sendo realizada em sistema de sequeiro, ou pontualmente em “sequeiro ajudado” ocupando largas áreas agrícolas desta região. Com a implementação do regadio, o trigo perdeu alguma importância face a novas culturas arvenses como o milho e outras como o olival e o amendoal.
Em 2022 foram regados 1.702 ha de trigo (mole e duro) e 185 ha de triticale nos perímetros de rega de Alqueva, refere ainda o Anuário Agrícola de Alqueva 2022, acrescentando que o trigo na zona de Alqueva é feito, na quase totalidade da área com recurso à rega com pivot.
Pode consultar o Anuário Agrícola de 2022 aqui.
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