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PCP alerta: produção de arroz em risco no Vale do Pranto por comportas inactivas há 4 anos

O Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português (PCP) alerta o Governo que as comportas de Maria da Mata (junto à Estação Elevatória do Alqueidão) deixaram de funcionar há quase 4 anos, levando ao protesto dos agricultores do Vale do Pranto. “Esta situação faz com que as águas salgadas inundem os campos de arroz causando quebras de produtividade, devido à queima o arroz em floração pela água salgada”, dizem os comunistas, realçando que “a continuar assim dentro de poucos anos não haverá condições para produzir arroz”.

Por isso, os deputados do PCP, Bruno Dias e João Dias, entregaram na Assembleia da República duas perguntas ao ministro do Ambiente e da Acção Climática, Duarte Cordeiro, e à ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes. Querem saber se “tem o Governo conhecimento da situação” e “que medidas tem previstas para a resolução do problema”.

Explicam aqueles deputados que “os agricultores alertam para a falta de capacidade da tubagem existente, que substitui as comportas, em casos de chuva muito intensa e demorada pode originar inundações nos campos. A necessidade urgente da realização do emparcelamento agrícola, aliado ao facto da destruição das comportas e entrada de água salgada nos campos, põe em risco os cerca de 2 mil hectares de arroz”.

“De uma produção há poucos anos de cerca de 6 toneladas/hectare, neste momento os produtores, em média, apenas produzem 4 toneladas/hectare”, realça o Grupo Parlamentar do PCP.

Acrescentam Bruno Dias e João Dias que “os agricultores e a Associação Distrital de Agricultores de Coimbra reclamam a realização urgente do emparcelamento agrícola, e da rápida construção de novas comportas que impeçam a entrada da água salgada”.

Por outro lado, dizem que “a informação dada pela APA [Agência Portuguesa do Ambiente] indicia que estarão em fase de elaboração do projecto de construção de novas comportas, que ainda terá que ser orçamentado, o que faz os agricultores temerem que a obra apenas avançará daqui a 5 ou 6 anos. Os agricultores alegam não poderem esperar tanto tempo e apelam ao início urgente das obras”.

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