A deputada única do PAN – Pessoas-Animais-Natureza, Inês de Sousa Real, entregou na Assembleia da República um Projecto de Resolução que recomenda ao Governo a “renaturalização e interdição da caça no Parque Natural da Serra da Estrela”. E a contratação de 25 novos vigilantes da natureza.
Propõe Inês de Sousa Real que a Assembleia da República recomende ao Governo que desenvolva 2todos os esforços no sentido de desenvolver um plano de gestão de emergência para conter a erosão dos solos e travar o arrastamento de terras nas zonas mais sensíveis afectadas pelo incêndio no Parque Natural da Serra da Estrela”.
Por outro lado, recomenda a promoção, “em articulação com a comunidade científica, as ONG, comunidades locais e proprietários, um plano de renaturalização da área ardida no Parque Natural da Serra da Estrela e das zonas que ainda não foram afectadas pelos incêndios, através da promoção de espécies autóctones como carvalhos, azinheiras ou freixos e plantas arbustivas”.
Investir no ordenamento florestal do Parque Natural a longo prazo, promovendo a remuneração dos serviços de ecossistemas e uma exploração mais sustentável dos recursos naturais é outra da recomendação de Inês de Sousa Real no seu Projecto de Resolução n.º 201/XV/1.ª.
A deputada única do PAN propõe ainda o reforço dos meios de fiscalização e vigilância da natureza no Parque Natural da Serra da Estrela e que o Governo “promova, com urgência, o reforço dos meios humanos do ICNF [Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas]“, através da abertura de procedimento concursal para a contratação de 25 novos vigilantes da natureza, segundo o previsto no Orçamento do Estado para 2022.
O Projecto de Resolução recomenda também ao Executivo a interditação da plantação de espécies não autóctones na área ardida ou a instalação de actividades como a exploração do lítio no perímetro do Parque Nacional da Serra da Estrela.
Por fim, recomenda “interditar a actividade cinegética em toda a área do Parque Natural da Serra da Estrela, com vista a garantir o seu restabelecimento e promover ainda o acompanhamento e monitorização das espécies em articulação com o ICNF e Organizações Não governamentais do Ambiente”.
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