A ASPOC – Associação Portuguesa de Cunicultura informa que “planear e monitorizar o processo de produção de carne de coelho, desde que os animais nascem até à chegada à mesa do consumidor, tem sido a premissa do modelo de produção europeu de carne coelho, cujos regulamentos estão a ser transpostos para a legislação nacional e adoptados pelos produtores portugueses”.
Entre as características do modelo europeu, refere a Associação em nota de imprensa, destacam-se o acompanhamento e registo de cada fase do circuito produtivo por técnicos competentes, seguindo “os mais rigorosos padrões de higiene da cadeia alimentar. O actual quadro legislativo permite assim garantir que apenas os alimentos seguros chegam à mesa do consumidor, fomentando a rastreabilidade e segurança alimentar”.
Adianta a mesma nota que, “a par deste pilar, no qual está assente o modelo europeu de produção de carne de coelho, acresce ainda o bem-estar animal, cuja legislação europeia é também a mais rigorosa do Mundo. Os princípios do bem-estar animal definidos pela Organização Mundial da Saúde Animal foram inclusive baseados na Convenção Europeia para a Protecção de Animais em Explorações Pecuária, que distingue cinco princípios: livre de fome, sede e desnutrição; livre de medos e ansiedades; livre de desconforto físico ou térmico; livre de dor, lesão ou doença; livre para expressar padrões de comportamento”.
A utilização de música em cunicultura como forma de redução do stress dos animais por ruídos externos e/ou súbitos é, por exemplo, uma das técnicas privilegiadas neste modelo.
Sustentabilidade e Meio Ambiente
Salienta ainda a ASPOC que “também a Sustentabilidade e Meio Ambiente, através de um consumo mais sustentável promovido pela inclusão da carne de coelho numa dieta alimentar; a carne de coelho e nutrição, cujos índices de gordura são mais baixos comparativamente a outras proteínas animais, sendo, por isso, recomendada em dietas alimentares saudáveis; bem como a Economia Circular, para a qual a cunicultura tem dado um importante contributo no uso eficiente de matérias-primas, nomeadamente na substituição de adubos de síntese por fertilizantes orgânicos, perfazem o leque de cinco pilares nos quais assenta o modelo europeu de produção de carne de coelho”.
Recorde-se que está em vigor a segunda campanha europeia de promoção e divulgação de carne de coelho dinamizada pela Associação Portuguesa de Cunicultura, que conta com o apoio da União Europeia e irá decorrer em Portugal e em Espanha até 2023. Este é um projecto une os produtores numa só missão: incrementar o consumo de carne de coelho na casa dos consumidores portugueses, mas também no próprio canal HoReCa.
Iniciada em 2021, a campanha “O Segredo da Dieta Mediterrânea” aposta sobretudo em mensagens de redescoberta da carne de coelho como um dos produtos emblemáticos da dieta tradicional mediterrânea. Esta “demonstra que a carne de coelho é, não só, um alimento equilibrado, leve e de fácil confecção, mas também de alto valor nutritivo, com uma produção que respeita a sustentabilidade ambiental e a vida rural”, diz a mesma nota.
Agricultura e Mar