Apesar da rápida resposta da União Europeia, as medidas, até agora apresentadas para mitigação dos efeitos do aumento dos custos dos factores de produção na agricultura, são “desequilibradas, insuficientes e incompletas e podem introduzir desequilíbrios entre os Estados-membros”.
O alerta é da ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes, que participou hoje, 7 de Abril, no Conselho de Ministros da Agricultura e Pescas (Agrifish), no Luxemburgo, onde se discutiu a comunicação da Comissão Europeia relativa à segurança alimentar e resiliência dos sistemas alimentares e a situação do mercado europeu dos produtos agrícolas, nomeadamente na sequência da invasão da Ucrânia por parte da Rússia.
Maria do Céu Antunes afirmou que é necessária “uma medida excepcional de crise que envolva a mobilização de dotações do fundo do desenvolvimento rural – FEADER”, uma proposta apresentada neste Conselho por 13 Estados-membros e que reuniu um amplo consenso.
No final do Conselho, o Comissário Janusz Wojciechowski indicou ter tomado boa nota das preocupações dos Estados-membros e que vai apresentar uma proposta legislativa com vista à criação de uma medida excepcional de crise através do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER).
Agrifish
Na sua intervenção no Conselho de Ministros da Agricultura e Pescas, a governante lembrou o período difícil que estamos a viver com a “situação de crise de mercado no sector agroalimentar, em resultado do aumento do custo de matérias–primas e dos factores de produção, como é o caso da energia e das rações, agravado pelo efeito da seca e, agora, pela guerra na Ucrânia”.
Dando nota para a necessidade de se “tomarem medidas rápidas e consequentes, que garantam a segurança alimentar na Europa”, Maria do Céu Antunes alertou para os eventuais efeitos negativos na produção vegetal, já que as sementeiras de Primavera-Verão podem vir a sofrer uma redução de área semeada, decorrente da incerteza da actual conjuntura.
Agricultura e Mar