A Secretaria Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural dos Açores informa que, em resultado dos trabalhos de prospecção oficiais, foi “erradicada de forma rápida” a presença do fungo elsinoë fawcettii em três pomares na Ilha de São Miguel e num pomar na Ilha de Santa Maria.
Trata-se de um fungo de quarentena, que leva à verrugose dos citrinos, que ataca diversas plantas da família rutaceae, e cujos hospedeiros mais susceptíveis são a laranjeira azeda, o limoeiro, o limoeiro galego, a mandarineira, a tangerineira e a toranjeira.
A verrugose afecta os órgãos em desenvolvimento. Folhas com mais de 1,5 cm de largura, ou que tenham atingido um quarto do seu tamanho final, são praticamente imunes. Os frutos são susceptíveis até atingirem o tamanho aproximado de um quarto do seu diâmetro final, o que na prática corresponde ao período de 10 a 12 semanas após a queda das pétalas. Em folhas, os sintomas geralmente aparecem de 4 a 7 dias após a infecção.
Em folhas e ramos novos, a doença manifesta-se de início como pequenas manchas deprimidas de aspecto encharcado. Em seguida, com a hiperplasia do tecido na área afectada, as lesões se tornam salientes, corticosas, irregulares, cor de mel ou canela, espalhadas por ambas as faces da folha ou pela superfície de ramos. Em folhas, a saliência da lesão em uma das faces corresponde a uma reentrância na face oposta.
“Em resultado dos trabalhos de prospecção oficiais, foi confirmada a presença do fungo em amostras colhidas nos referidos pomares, tendo o mesmo sido já erradicado”, refere uma nota de imprensa do Executivo açoriano.
E realça que todos os procedimentos legais estão e continuarão a ser implementados no estrito cumprimento da legislação, e haverá um aumento da prospecção junto dos produtores de citrinos, visto serem os atingidos por este fungo.
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