Espanha rejeita a proposta da Comissão Europeia de reduzir capturas de pescada no Mar Cantábrico em 18% até 2022

O ministro da Agricultura, Pescas e Alimentação de Espanha, Luís Planas, garantiu hoje, 10 de Novembro, que o governo é contra a redução de 18% da pesca de pescada da Cantábria no que respeita ao Total Admissível de Capturas (TAC) e quotas de pesca para 2022, anunciada pela Comissão Europeia. E garante que irá “trabalhar intensamente para garantir que a proposta seja melhorada nas próximas semanas”.

Em comunicado de imprensa, o Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentação refere que, o governo espanhol já está a trabalhar numa posição comum com outros Estados-membros, como Portugal e França, para transmitir à Comissão os seus argumentos científicos e sócio-económicos que sustentam as suas pretensões. Como sublinhou, “para o Governo a sustentabilidade biológica das espécies é uma prioridade, mas também a sustentabilidade dos nossos pescadores e armadores”.

O ministro, que falava na sessão de controlo do Governo no Congresso espanhol, lembrou que a proposta da Comissão ainda se encontra numa fase inicial e que deverá ser submetida a diversos debates técnicos no Conselho da União Europeia até que seja tomada uma decisão final, prevista para meados de Dezembro.

Evolução positiva das populações de pescada

Luís Planas assinalou que existe uma série histórica de 30 anos com dados suficientes sobre a evolução das populações de pescada no Mar Cantábrico. Além disso, os institutos científicos espanhóis apresentaram “relatórios muito bons que mostram que o stock biológico está em melhores condições do que os indicados pela Comissão”.

Por isso, assegurou que não considera encerrado o assunto e que “o Governo espanhol defenderá com firmeza os interesses da frota pesqueira espanhola” no Conselho de Dezembro que atribui os TAC e quotas de pesca para o próximo ano.

Agricultura e Mar Actual