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Estudo do Novo Banco: produtos agroalimentares “certificados são fundamentais para aumento do valor da produção no mercado”

O Novo Banco marcou presença na Feira Nacional de Agricultura/Feira do Ribatejo, em Santarém, entre 9 e 13 de Junho. E marcou o arranque do certame a divulgar o estudoA Economia da Terra em Portugal — Caracterização e Desafios”, no qual refere que os produtos agroalimentares “certificados são fundamentais para o aumento do valor da produção no mercado”. As “novas tendências globais de consumo obrigam a uma adaptação do sector agrícola e agroalimentar”, dizem os analistas do Novo Banco.

No estudo, o Departamento de Desenvolvimento e Activação a Estratégia do Novo Banco destaca as tendências e desafios do sector agroalimentar, salientando que o aumento esperado da população, do rendimento per capita e do consumo “obrigarão a aumentos da produção agrícola” e que a “inovação tecnológica e sustentabilidade serão dimensões essenciais”.

“Em termos globais, os aumentos esperados da população e do rendimento per capita tenderão a reflectir-se numa maior procura de proteínas e de alimentos de maior valor calórico (efeito mais visível nas economias emergentes). Esta evolução deverá criar um gap alimentar significativo nas próximas décadas (56% de aumento estimado da oferta para cobrir as necessidades de produção agrícola em 2050)”, refere o estudo.

Assim, “será necessário um aumento significativo da produção (apoiado em R&D e novo investimento), criando oportunidades para o sector em Portugal. Impactos ambientais adversos exigem adopção de processos produtivos sustentáveis”.

Maior foco nos impactos ambientais

Os analistas do Novo Banco, alertam ainda que se notará um “maior foco nos impactos ambientais”, e que a “pandemia veio acelerar algumas tendências globais já em curso, que deverão transformar a economia e exigir a adaptação das empresas”.

Ainda no que diz respeito a tendências e desafios, na área da saúde e bem-estar, dizem os analistas do Novo Banco que, sobretudo nos países desenvolvidos e nas gerações mais novas, aumenta a preocupação com o wellness e a procura de hábitos de vida e de alimentação saudáveis (por exemplo, novas formas de proteína não animal, redução de consumo de sal e açúcar).

Já na sustentabilidade, diz o estudo do Novo Banco que “os consumidores mais exigentes valorizam a responsabilidade social e o purpose das empresas. Preferência por produtos “locais” e genuínos, e por práticas de produção sustentáveis e transparentes”. E alerta os produtores que a pegada ecológica vai ser utilizada “como critério de consumo”.

Alimentação personalizada

“Embora ainda longe de generalizado, caminha-se – com base em novas tecnologias – no sentido de uma alimentação produzida para responder a necessidades específicas de cada consumidor (nutrição, saúde, gostos)”, acrescenta o estudo, frisando que haverá uma “maior exigência dos consumidores em termos de qualidade, preço e conveniência, sem prescindir do sabor”. A “maior urbanização deverá sustentar procura de refeições preparadas e de consumo rápido em mercados emergentes” e os desenvolvimentos tecnológicos “proporcionam novas formas de produção, distribuição e consumo”.

Quanto ao Big Data, avançam os analistas do Novo Banco que a “análise de dados detalhados sobre condições de produção e distribuição, e sobre práticas de consumo, permite ganhos de eficiência e qualidade, e um marketing personalizado”, acrescentando que “o recurso a tecnologias de informação permite ganhos de eficiência e de produtividade na actividade agrícola e pecuária, incluindo a redução do desperdício de recursos e o aumento das yields”.

Por outro lado, consideram que as inovações tecnológicas “permitem novos alimentos e formas de produção”. A impressão 3D tem “forte potencial de crescimento” e que as “novas fontes de alimentos” tem “potenciais ganhos de eficiência face a proteínas tradicionais”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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