O secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia afirmou, no Porto, que a pesca de salto e vara praticada nos Açores “acrescenta valor a cada lata de atum produzida, pelo seu carácter artesanal e sustentável”.
Gui Menezes falava sexta feira, à margem da Reunião Bilateral de Conserveiros Portugueses e Espanhóis, onde, entre outros temas, foi debatido o futuro da indústria conserveira ibérica.
Este encontro entre a Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP) e a ANFACO-CECOPESCA deveria ter sido realizado em Março, nas Furnas, em São Miguel, mas, devido à pandemia de Covid-19, teve que ser adiado.
O governante elogiou as duas associações pela “cooperação” que estão a ter “na defesa dos interesses da indústria conserveira ibérica” e renovou o convite para que a próxima reunião se realize nos Açores.
O secretário Regional destacou a realização destas reuniões bilaterais, na medida em que, “apesar de serem concorrentes no mercado”, as indústrias conserveiras “têm de cooperar para atingirem novos patamares e para defenderem os seus interesses de forma coordenada, actuando como uma verdadeira fileira industrial e económica”.
Gui Menezes frisou que a Região “atribui grande importância à sustentabilidade das pescarias”, acrescentando que a arte de salto e vara praticada nos Açores “está na origem das várias certificações internacionais que as conservas açorianas têm vindo a obter”.
Por outro lado, o secretário Regional destacou a “importância” da indústria conserveira “para as exportações dos Açores e para a viabilização da frota atuneira regional”, lembrando também “a sua importância social, na medida em que emprega cerca de sete dezenas de trabalhadores”.
Agricultura e Mar Actual