A ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, participou ontem, 30 de Janeiro, no encontro Nacional dos Técnicos da Confagri — Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal e na entrega de Prémios de Reconhecimento de Mérito 2019, que decorreu em Esposende.
Um encontro em que o secretário-geral da Confagri, Francisco Silva, criticou os “iluminados” responsáveis pela “campanha difamatória” contra a produção pecuária, sublinhando que se trata de um “fundamentalismo inaceitável”.
Em declarações à Lusa, Francisco Silva vincou a necessidade de “combater frontalmente” aquela campanha, em nome da defesa da economia nacional. “Há uns iluminados que criam umas ideias com intenção de assustar as pessoas […]. Na Confagri e estruturas associadas não podemos aceitar isso e temos de rejeitar liminarmente a campanha difamatória que há contra as nossas organizações, contra a produção de carne e contra a produção de leite”, referiu.
Ministra quer parceria de sucesso
Durante a sua intervenção, Maria do Céu Albuquerque enalteceu esta iniciativa e salientou que o Governo tudo fará para que a ligação com a Confagri continue a ser sinónimo de uma “parceria de sucesso”.
“Uma parceria que tem sido fundamental na construção e na implementação das melhores políticas públicas para agricultura e para o sector cooperativo e que, não temos dúvidas, é crucial neste nosso caminho de mais sustentabilidade, de mais competitividade e de mais inovação em todo o sistema alimentar, numa transição justa e inclusiva”, sustentou.
A ministra da Agricultura referiu ainda que é nestes encontros que se “juntam várias perspectivas, vários olhares, experiências, onde se debatem as principais linhas de acção da política agrícola para o ano 2020 e onde se constroem respostas a pensar nos desafios que vão marcar o futuro”.
Aposta na bioeconomia circular
A governante destacou ainda a aposta “na bioeconomia circular, na valorização de efluentes, na melhoria dos nossos solos e numa produção mais orgânica. Neste percurso, é fundamental assegurarmos uma transição justa e inclusiva. Por isso, apoiamos a pequena agricultura, a agricultura biológica, a agricultura familiar e ninguém ficará para trás. E, neste percurso, o cooperativismo tem um papel crucial que muito bem conhecem e praticam”.
“O nosso projecto só poderá ser construído com o envolvimento, a participação e o compromisso de todas e de todos que integram o sector da agricultura. E este é um projecto que, assente em sustentabilidade, significará uma competitividade reforçada na nossa agricultura. Sustentabilidade, essa, que, também na nossa agricultura, se projectará em três dimensões: ambiental, económica e social”, reforçou Maria do Céu Albuquerque.
Agricultura e Mar Actual