A vaga de calor que se registou em Agosto de 2018 deverá ter levado a uma diminuição acentuada da produtividade da vinha, segundo as as previsões do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 31 de Agosto.
No seu Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Setembro de 2018, os técnicos do INE referem que apesar de se terem iniciado algumas vindimas durante a última semana de Agosto, o cenário é de atraso generalizado no ciclo de desenvolvimento das vinhas.
Calor excessivo causou escaldões nos bagos
Este facto conferia às condições meteorológicas de Agosto um papel determinante na quantidade e qualidade da produção, tendo-se verificado que nas vinhas, com castas mais tardias e com os cachos mais expostos, o calor excessivo causou escaldões nos bagos, com diminuições significativas no rendimento unitário.
Exceptuando no Algarve, todas as regiões vitivinícolas deverão registar menor produção vinícola, prevendo-se uma redução global de 25%, para produtividades abaixo das alcançadas em 2008 (que, recorde-se, foi a pior campanha deste século).
Na uva de mesa, e pelos mesmos motivos, a produção também deverá diminuir 25%, face a 2017, frisam os técnicos do INE.